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Clérigo radical jordaniano é inocentado de acusação de complô para matar turistas

O juiz Ahmad Qatarneh definiu como unânime o veredicto do júri no processo contra Abu Qatada

Por SULEIMAN AL-KHALIDI
Atualização:
O clérigo muçulmano Abu Qatada após ser libertado da prisão Foto: Khalil Mazraawi/AFP

O clérigo muçulmano Abu Qatada foi libertado de uma prisão jordaniana nesta quarta-feira depois de ter sido inocentado das acusações de conspiração em um complô para atacar turistas - sua segunda absolvição deste ano depois de um longo processo de extradição da Grã-Bretanha.

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O Tribunal de Segurança do Estado na capital, Amã, determinou que não havia provas suficientes para as acusações contra o pregador radical - de oferecer apoio espiritual e material para um ataque planejado durante as celebrações de ano-novo na Jordânia em 2000.

"Abu Qatada foi libertado da prisão e está agora a caminho de casa", disse uma fonte judicial à Reuters.

Sorridente e vestido com uniforme de prisão, o clérigo já havia acenado para a família na sala do tribunal depois que o veredicto foi anunciado, disse uma testemunha.

Sua mulher e familiares se abraçaram e gritaram "graças e louvor a Deus!" após a decisão, que o veredicto por escrito do juiz Ahmad Qatarneh definiu como unânime, disseram testemunhas.

Abu Qatada foi extraditado da Grã-Bretanha no ano passado depois de um longo processo legal, e absolvido em junho, em um caso separado, de acusações de conspiração para cometer atos de terrorismo. Essa absolvição também foi baseada na falta de provas.

Em Londres, um porta-voz do Ministério do Interior disse ser um alívio que o clérigo não esteja mais na Grã-Bretanha e não representa mais uma ameaça à segurança do país, pois nunca poderá voltar.

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"Os tribunais britânicos concordaram que Abu Qatada representava uma ameaça para a segurança nacional. Ele continua sendo alvo de uma ordem de deportação e uma proibição de viajar, por parte das Nações Unidas. Ele não vai voltar para o Reino Unido", afirmou a porta-voz.

Na sessão de quarta-feira a promotoria argumentou que o clérigo foi um mentor de células de militantes na Jordânia, enquanto estava na Grã-Bretanha, fornecendo-lhes apoio espiritual e material durante o final da década de 1990.

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