04 de junho de 2010 | 10h44
O incêndio, que começou às 22h30 (horário local), foi o mais grave na capital de Bangladesh em quase quatro décadas.
"O número de mortes confirmadas no incêndio chegou a 114 e pode aumentar", disse Muhibul Haque, representante do distrito de Daca à Reuters.
Ele disse que mais de 40 pessoas estavam sendo tratadas pelas queimaduras no hospital, com 12 pessoas em condição crítica.
Alimentando as chamas, que segundo algumas testemunhas chegou até o sexto andar, estavam substâncias químicas de fábricas caseiras ilegais no bairro de Kayettuli, um dos bairros de maior densidade populacional de Daca e no coração da cidade.
"Parecia que o inferno havia escapado", disse uma mulher chorando desesperada, procurando sua filha e seu filho nos escombros que restou da área, moradia de diversos blocos com vários andares e residências com telhados de latão. Alguns foram transformados em fábricas de produtos químicos apesar de a lei proibir a presença dessas instalações em áreas residenciais.
"Substâncias químicas de lojas dentro e ao lado das casas foram expelidas para as ruas como lava de um vulcão. Não havia quase nenhum lugar seguro para escapar", acrescentou um sobrevivente.
Canais de televisão disseram que o número de mortos chegava a 150, inclusive dezenas de pessoas que morreram no hospital.
O chefe da polícia do país, Nur Mohammad, disse que era difícil dar um número exato de mortos até que as operações de busca e resgate tiverem terminado, provavelmente na tarde desta sexta-feira.
O governo declarou sábado como dia de luto e disse que pagaria 20 mil tacas (290 dólares) pelo custo de cada enterro. "Não tenho palavras para consolá-los", disse Sahara Khatun, ministra do Interior durante visita ao hospital no final de quinta-feira.
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