Massa reclama de equilíbrio da Ferrari e vê pódio pouco provável

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Por MARCELO TEIXEIRA
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Felipe Massa considera que, em condições normais, terá muita dificuldade para chegar ao pódio do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, após ter sofrido com o equilíbrio de sua Ferrari e ter ficado apenas na 7a posição para a largada de domingo. As Ferraris ficaram sempre descoladas dos mais rápidos nos treinos livres e de classificação em Interlagos, com o espanhol Fernando Alonso conseguindo se posicionar em quinto. "Sabemos que não será fácil (chegar entre os três primeiros). O equilíbrio do carro não esteve bom. Mas talvez a corrida aconteça em uma situação diferente amanhã", afirmou Massa a jornalistas após o treino de classificação neste sábado, no qual Sebastian Vettel, da Red Bull, conquistou sua 15a pole da temporada, quebrando o recorde de Nigel Mansell de 14 poles em um mesmo ano, em 1992. "Se chover amanhã pode ser de alguma ajuda. Tem chance de acidente, mas também tem possibilidade de ir melhor. Tudo pode acontecer amanhã, o pódio ainda é o que eu quero e é por ele que vou lutar", acrescentou o brasileiro. A previsão de chuva para o treino de classificação deste sábado não se confirmou, apesar de o clima ter mudado radicalmente da manhã para a tarde, com grande aumento da umidade e redução do calor. Para o domingo, no entanto, dificilmente a corrida será no seco. A meteorologia indica 80 por cento de chances de chuva, com volumes de até 40 milímetros. Massa fez sua melhor volta na classificação em 1min13s068, contra 1min11s918 do pole Vettel e 1min12s591 do seu companheiro de equipe Alonso, o que evidencia bem a distância da Ferrari para a Red Bull. Apenas a McLaren conseguiu se aproximar de Vettel e seu companheiro de Red Bull, o australiano Mark Webber, durante os treinos iniciados na sexta-feira. Massa afirmou que o clima na Ferrari, obviamente, não é dos melhores. "Lógico que é ruim. É como uma empresa que está no vermelho. Até que volte para o azul tem muita pressão e muita cobrança, e isso é normal", afirmou. "Vamos ver se conseguimos sair dessa situação em 2012, para que não tenha esse tipo de pergunta (sobre o clima na equipe) na última corrida da próxima temporada". O brasileiro tem contrato para correr novamente pela Ferrari em 2012 e espera que a equipe evolua principalmente na parte aerodinâmica, que na sua opinião foi um dos principais problemas na temporada que está terminando.

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