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Novelinha, não! Eles são rebeldes

Record aposta em versão nacional de Rebelde para abrir a faixa das 7

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Por Thaís Pinheiro - O Estado de S.Paulo

Foi na Argentina que surgiram os primeiros traços do que viria a ser um dos maiores sucessos teen dos últimos anos. Rebelde Way foi exibida para os hermanos pela primeira vez em 2002 e em 2004 ganhou a versão mexicana, que se tornaria famosa em outros cantos da América Latina, como aconteceu no Brasil, em 2005.

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A história dos seis alunos da Elite Way School que tinham uma banda abocanhou um tanto de fãs por aqui, daqueles que fazem tudo pelos ídolos. O desafio agora é saber se a versão brasileira dessa trama, que estreia hoje, às 19 horas, na Record, também vai ganhar tamanha popularidade.

Além de iniciar uma nova faixa de horário de novelas, Rebelde vem com a missão de encarar uma estreia da concorrência - Morde & Assopra, na Globo. "A gente sabe que esse caminho é difícil, mas nós temos uma arma de grosso calibre para ganhar essa batalha", garante Iran Silveira, diretor geral de dramaturgia da Record.

Para carregar esta "metralhadora", a emissora teve de garimpar peças que formassem um quebra-cabeça dos mais complexos. Era preciso encontrar jovens que soubessem atuar, cantar, dançar, que fossem bonitos e que pudessem ser "gatos", no sentido da gíria do futebol. Depois de quatro meses de busca e mais de 600 testes, chegou-se a um grupo com características bem distintas, mas com um pensamento em comum: ninguém queria ter uma banda ou ser um pop star.

O desafio de colocar todos eles em uma mesma sintonia foi de Roberto Bomtempo, ator e diretor. "Foram alguns meses de preparação com os ‘rebeldes’, com aulas de canto, dança e atuação", explica Iran.

As trajetórias das novas promessas são as mais variadas. Micael Borges cresceu e ainda vive no Vidigal, no Rio, onde encontrou seu primeiro palco pelo grupo Nós do Morro, que já revelou nomes como Tiago Martins e Roberta Rodrigues. "Com 7 anos fiz uma apresentação de fim de ano e me apaixonei. Mas como tudo era muito difícil pra gente, eu pensava em ter uma segunda profissão e lá me envolvi com música. No Brasil é muito difícil ver atores-cantores, mas com Rebelde vai ser diferente", promete o ator, egresso de Malhação, assim como Sophia Abrahão, seu par romântico.

Arthur Aguiar é mais um que passou pela Globo e que agora se arrisca também no microfone, assim como Mel Fronckowiak - veja bem, eleita a dona do derrière mais bonito do mundo, em 2008.

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Lua Blanco já via a música na família desde pequena - o avô é o compositor Billy Blanco - e teve algumas experiências em televisão, até mesmo apresentando TV Globinho.

Quem veio diretamente da música e caiu de paraquedas nessa história foi Chay Suede. Um tanto apreensivo com o assédio da imprensa, ele insistia em dizer que nunca tinha pensado em cantar profissionalmente ou ter uma banda. Chegou no Ídolos, ficou entre os finalistas e conseguiu uma vaga na novela. Se falta de pretensão é o caminho, ele está indo bem...

Lucros e dividendos. Ivan Zettel, diretor de Rebelde, faz questão de dizer que esta é uma "novela novela" com a intenção de fazer desta não só uma atração infanto-juvenil. "Não é novela para adolescentes, é uma novela das 7 com assuntos de adolescentes sendo tratados para toda a família", garante.

Com 222 capítulos previstos, Zettel sente a pressão de quem precisa ver os números subindo na audiência. "Tenho uma dívida de resultado com a emissora, o que deixa as coisas mais tensas, isso aqui é uma panela de pressão. Não somos líderes de mercado, então estamos buscando ganhar espaço."

Os números, ou melhor, as cifras também devem surgir por meio das quase 50 categorias de produtos licenciados que vêm por aí, de bicicleta a material escolar, e dos futuros shows com o grupo, tudo devidamente repartido com a detentora dos direitos do nome, a mexicana Televisa.

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