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Obama conclama eleitores dos EUA a 'virarem a página'

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Por CAREN BOHAN
Atualização:

Repetindo seu apelo por mudanças, o candidato do Partido Democrata à Presidência dos EUA, Barack Obama, em seus últimos dias de campanha antes do pleito de 4 de novembro, está convocando os eleitores norte-americanos a "virarem a página" quanto às políticas do atual governo do país. A oito dias da eleição nacional, o democrata, senador pelo Estado de Illinois, culpou o atual presidente norte-americano, George W. Bush, pela cada vez mais grave crise financeira e disse que o candidato do Partido Republicano, John McCain, repetiria o governo atual ao tratar da economia. "O senador McCain serviu este país de forma honrosa. E ele pode destacar alguns momentos, ao longo dos últimos oito anos, nos quais se afastou de George W. Bush -- a respeito da tortura, por exemplo", afirmou Obama em trechos de um discurso que deve proferir em Canton (Ohio). "Ele merece crédito por isso. Mas, quando se trata da economia, quando nos concentramos na questão central desta eleição, a verdade pura e simples é que John McCain ficou ao lado deste presidente em todos os passos do caminho", disse o democrata. O discurso de Ohio vem sendo descrito pelo comitê de campanha de Obama como a "argumentação final" do candidato, um discurso que deve ser enfatizado em um anúncio de 30 minutos a ser veiculado no horário nobre da TV norte-americana, na quarta-feira. O democrata, que pode se transformar no primeiro presidente negro dos EUA, lidera as pesquisas de intenção de voto tanto nacionais quanto em vários dos Estados decisivos para esta eleição. Obama apareceu cinco pontos percentuais à frente de McCain em uma pesquisa nacional da Reuters/C-SPAN/Zogby divulgada nesta segunda-feira. O republicano McCain, senador pelo Estado do Arizona, descreve a si mesmo e a sua candidata a vice, Sarah Palin, como políticos independentes e, ao longo de sua carreira, discordou por várias vezes da posição do partido ao qual pertence. McCain afirma que Obama não costuma comportar-se de forma independente em relação a sua legenda. O democrata, no entanto, vem atacando a proposta de McCain sobre dar descontos fiscais para empresas e a oposição do republicano a cancelar os benefícios concedidos por Bush à camada mais rica da população norte-americana, descrevendo esta política econômica como "desgastada". "Dentro de uma semana, vocês poderão virar a página quanto às políticas que colocaram a ganância e a irresponsabilidade de Wall Street à frente do trabalho duro e do sacrifício do trabalhador comum", afirmou o candidato em seu discurso.

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