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Policiais do interior de SP protestam em Campinas

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Por TATIANA FÁVARO E BRÁS HENRIQUE

Policiais civis de diversos municípios do interior de São Paulo devem participar hoje de protesto em Campinas (a 95 quilômetros de São Paulo). O Sindicato dos Policiais Civis de Campinas e Região espera a participação de aproximadamente mil integrantes da corporação no ato público. Os policiais seguirão para o centro da cidade, onde falarão à população sobre os motivos da greve iniciada há 15 dias. Eles pedem reposição de perdas inflacionárias de 60% (referentes aos últimos cinco anos). O governo propõe 38% de reajuste no piso salarial dos delegados e aumento de 4,5% no salário-base. "Esse ato público servirá para mostrar à população o descaso do governo do Estado. Não temos gente, não temos viaturas, não temos equipamentos de base, como computadores", disse o investigador e presidente do sindicato, Aparecido Lima de Carvalho, de 54 anos, 30 deles dedicados à profissão. De acordo com dados do Departamento de Recursos Humanos do sindicato, 90% de 900 policiais que trabalham em Paulínia, Valinhos, Vinhedo, Indaiatuba e Campinas estão endividados em instituições bancárias. "Nossa situação é de desespero. Não queremos a greve, queremos só dignidade. Nesse Dia da Polícia Civil do Estado de São Paulo não temos nada a comemorar, só a lamentar. O policial está desmotivado, afundado no banco, trabalhando em bicos para não passar fome, sem orgulho de pertencer à corporação, sem vontade de trabalhar. E quem sofre com isso é o cidadão", afirmou Carvalho. Um grupo de cerca de 50 policiais civis de Ribeirão Preto seguiu hoje para a passeata de manhã em Campinas. À tarde, o grupo segue para a mobilização que ocorrerá às 15 horas, na Assembléia Legislativa, em São Paulo. Segundo a presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Região de Ribeirão Preto (Sinpol), Maria Alzira da Silva Corrêa, a categoria continua mobilizada em 93 cidades.

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