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Opinião|Negócios oferecem soluções para o desenvolvimento profissional de jovens na América Latina

Com apoio do fundo de investimento de impacto Acumen, os negócios Valentina e CoSchool atuam na inclusão produtiva de jovens

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Por Maure Pessanha

Quase um terço dos jovens entre 15 e 29 anos estão desempregados na América Latina, de acordo com dados da Acumen, fundo de investimento de impacto, sem fins lucrativos, que se concentra em investir em empresas sociais. Essa taxa – três vezes superior à registrada entre os adultos na região – deve-se, em parte, à falta de competências profissionais necessárias ao ingresso no mundo do trabalho.

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Para endereçar ações concretas de inclusão produtiva, o fundo tem investido, desde 2019, na Valentina – solução que oferece treinamento de seis semanas para jovens desempregados para que possam desenvolver habilidades técnicas e interpessoais. O conteúdo vai desde proficiência em programas de computador ao trabalho em equipe.

O modelo de pagamento é isento de riscos para os alunos, que pagam pelo treinamento somente quando houver o ingresso no mercado de trabalho, ou seja, quando forem contratados. Para as empresas, a proposta de valor é recrutar, selecionar e treinar os talentos necessários às companhias.

Com planos de expansão na América Latina, a iniciativa, que administra centros de treinamento na Guatemala, registra um aumento de 41% na renda dos jovens formados.

Equipe da Valentina, solução que oferece treinamento para jovens desempregados da Guatemala. Foto: Acumen/Divulgação

Outro exemplo é a CoSchool, uma empresa social colombiana que se concentra na criação e implementação de programas de aprendizagem experiencial voltada a melhorar as competências de aprendizagem socioemocional de jovens e adultos. Centrada em populações vulneráveis, residentes em territórios pós-conflitos da Colômbia, o negócio conta com uma plataforma que entrega uma ampla gama de conteúdos didáticos educacionais.

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Em uma região na qual o sistema educativo apresenta grandes lacunas, com níveis elevados de violência e de pobreza, a CoSchool visa a fornecer ferramentas para auxiliar os indivíduos e as comunidades vulneráveis a desenvolver as competências necessárias para escapar das armadilhas predominantes nas áreas nas quais atua, prevenindo a ansiedade e a depressão; o comportamento violento e agressivo; a gravidez na adolescência; e o abuso de substâncias. Desde a criação, em 2014, o negócio já beneficiou mais de 20 mil jovens e sete mil professores.

No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa de desocupação entre os jovens (de 18 a 24 anos) é de 18% – mais que o dobro da média da população geral, de 8,1%. A pesquisa O futuro do mundo do trabalho para as juventudes brasileiras – conduzida pelo Instituto Cíclica em parceria com o Instituto Veredas, e realizada pelo Itaú Educação e Trabalho, pela Fundação Arymax, Fundação Roberto Marinho, Fundação Telefônica Vivo e pelo Global Opportunity Youth Network: São Paulo – chama a atenção para a importância de promover a formação de jovens em carreiras que tenham projeção de crescimento nos próximos anos como, por exemplo, as que compõem a Economia Digital.

Opinião por Maure Pessanha

Coempreendedora e presidente do Conselho da Artemisia, organização pioneira no Brasil no fomento e na disseminação de negócios de impacto social e ambiental.

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