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Mirando o eleitorado católico, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) assinou um termo de compromisso, no qual se compromete a promover 'o verdadeiro sentido do Matrimônio, como união entre homem e mulher'; 'a Família, constituída de acordo com o ensinamento da Igreja'; e a combater a 'ideologia de gênero'. Elaborado pela organização Voto Católico Brasil, o texto tem levantado críticas nas redes sociais pela discriminação contra o casamento homoafetivo, aprovado no Brasil desde 2013 pelo Conselho Nacional de Justiça. A informação foi antecipada pelo repórter Gustavo Zucchi, do BR18.
No site oficial da organização, Bolsonaro posa ao lado do arcebispo do Rio, o cardeal Orani João Tempesta, enquanto entrega o documento com assinatura atualizada. Na última semana, ele já havia assinado uma primeira versão do documento, que precisou ser refeita por conter um erro ortográfico no nome do presidenciável.
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Em seu site, a Voto Católico Brasil se apresenta como um grupo sem ligações com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), formado por 'leigos conscientes da dificuldade que o eleitor católico, por mais orientações que receba, tem de votar em bons candidatos'.
A porta-voz do coletivo, Viviane Mota, afirmou ao Estado que não é possível revelar quem são os responsáveis pela organização, alegando que 'a ação do site não é personalista, havendo um constante rodízio entre seus membros'.
Indagada sobre a elaboração do termo de compromisso, ela disse que o texto foi produzido 'por um colaborador do site que é advogado e aprovado pelos demais membros'.
"Não temos ligação alguma com o candidato Jair Bolsonaro, nem o conhecemos pessoalmente. Todo o trabalho é feito de forma impessoal e suprapartidária, havendo critérios objetivos que devem ser atendidos para que o candidato seja divulgado pelo site", afirmou Viviane.
De acordo com ela, a iniciativa de procurar o candidato para a assinatura do termo de compromisso não partiu da organização: "Tomamos conhecimento da assinatura pelas redes sociais. Não havia nenhum membro da equipe no encontro, mas buscamos saber quem eram as pessoas que lá estavam e, conseguindo identificá-las, entramos em contato. Através delas, recebemos o documento assinado".
Na última terça, 16, Bolsonaro recebeu a visita do maquiador e influenciador digital Agustin Fernandez, que já havia sido hostilizado pelo candidato do PSL no passado. A aproximação foi encarada como uma tentativa de amenizar as declarações do candidato contra a comunidade LGBT na campanha para o segundo turno.
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Eleitorado católico. A plataforma Voto Católico Brasil disponibilizou o mesmo termo de compromisso em seu site para que qualquer candidato a cargos eletivos no pleito deste ano pudesse assinar.
O portal ainda disponibiliza o nome dos 'candidatos que mais se aproximam das orientações da Igreja' em cada uma das esferas de governo.
Ao assinar o documento com reconhecimento de firma, o presidenciável do PSL busca atrair o voto de fiéis da Igreja. Segundo a última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, a aceitação de Bolsonaro é grande entre os evangélicos (66% dos votos contra 24% de Fernando Haddad, do PT). Já entre os católicos, a disputa é mais equilibrada: 48% declararam voto em Bolsonaro no contra 42% no petista.
Nas eleições 2018, também assinaram o termo de compromisso da Voto Católico Brasil os candidatos a deputado federal Nilton Salomão, Eduardo Badu, Carlos Dias e Hugo Leal (RJ); Udson Soares, Paulo Fernando e Erich (DF); Eros Biondini (MG); Júlio Cesar (RS); e Joaquim Passarinho (PA). Além dos candidatos a deputado estadual Marcio Pacheco e Adenilson Honorato (RJ); Zé Alves (PA); e Flávia Camargo (SP).