O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a acompanhar as perícias nos celulares do advogado Frederick Wassef. Os aparelhos foram apreendidos no caso das joias.
O Conselho Federal da OAB pediu ao ministro que fossem preservados documentos e mídias sem conexão com a investigação e que pudessem ter relação com o exercício da advocacia.
A decisão de Moraes, datada de 28 de agosto, determina que a Polícia Federal informe à OAB a data e o horário da análise do material extraído para que, se quiser, a entidade mande um representante para acompanhar pessoalmente o trabalho dos investigadores.
“Tendo em vista o preceito inscrito no art. 7°, II, S6°, da Lei 8.906/94, que institui importante proteção em favor da advocacia e do sigilo da relação do advogado com o cliente, faculto ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, a indicação de um advogado para acompanhar a análise do material extraído”, diz o despacho.
A Polícia Federal afirma que Frederick Wassef viajou aos Estados Unidos para recomprar um relógio Rolex que teria sido desviado do acervo da União por auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O item precisou ser devolvido ao patrimônio público por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).
Wassef afirma que é advogado do ex-presidente desde 2014 e que atua em vários processo de Bolsonaro.