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Moro, em Nova York, afirma que 'não há motivação política na Lava Jato'

Em palestra na Columbia University, juiz federal afirma que a operação que conduz desde 2014 "é uma grande oportunidade para combater o crime de pessoas poderosas

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Atualização:
 Foto: Estadão

"Não há ações de motivação política na Lava Jato", afirmou nesta segunda-feira, 6, o juiz federal Sérgio Moro, em palestra na Columbia University, em Nova York.

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O magistrado que conduz a maior operação já deflagrada no Brasil contra a corrupção se contrapôs a reclamações de críticos da Lava Jato que apontam a ação da Justiça com foco exclusivamente político. "Alguns reclamam e dizem que a Operação provoca a criminalização da política. Mas não é adequada esta avaliação. O problema é quem cometeu crimes", destacou.

De acordo com Moro, as avaliações dos promotores e juízes que atuam na Lava Jato são baseadas em evidências e não em avaliações pessoais ou políticas. Ele apontou que a Operação permitiu o julgamento e condenação de executivos de construtoras e isso também aconteceu com alguns ex-parlamentares, mas em primeira instância.

"Contudo, graças ao STF não precisamos mais esperar a condenação do acusado por um longo tempo", disse Moro.

Na avaliação do juiz, a Operação Lava Jato 'é uma grande oportunidade para combater o crime de pessoas poderosas' no Brasil.

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Ele observou que antes da Lava Jato, normalmente o sistema de Justiça do País não trabalhava bem com casos complexos relativos a pagamento de propinas e corrupção. "Acusados poderosos conseguem postergar ações judiciais"", comentou.

Para o juiz da Lava Jato, o foro privilegiado de autoridades perante o Supremo Tribunal Federal 'muitas vezes funciona como um escudo para proteção'.

"Mas o Supremo atuou contra poderosos no caso do Mensalão", apontou, em alusão ao primeiro grande escândalo da era Lula, no primeiro mandato do petista.

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