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O que 2021 reserva para o mercado de logística de última milha?

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Por Luiz Giordani
Atualização:
Luiz Giordani. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Após um ano de muitas mudanças e incertezas, 2021 chega com mais perguntas do que respostas. A economia deve melhorar. Os principais institutos e analistas vêm apontando que o mundo terá uma retomada no crescimento em 2021, após uma recessão global neste ano. No entanto, mesmo com um cenário conturbado, alguns setores da economia tiveram amplo crescimento no último ano. É o caso, por exemplo, do e-commerce, um dos protagonistas de 2020.

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Segundo dados do relatório Webshoppers, da Ebit|Nielsen, o faturamento do e-commerce cresceu 47% no primeiro semestre de 2020. Essa foi a maior alta do setor em 20 anos, impulsionado pelo salto de 39% no número de pedidos, para 90,8 milhões, na comparação com o primeiro semestre de 2019. Já as vendas subiram 47%, para R$ 38,8 bilhões no mesmo período analisado.

Com o crescimento das vendas online, a necessidade de entregar os mais diferentes tipos de produtos também cresceu. E um dos principais desafios no processo logístico é o que chamamos de entrega de última milha, ou last mile - ou seja, o trajeto final entre os centros de distribuição ou das lojas de uma empresa até o endereço de entrega do cliente. Essa fase é uma das mais importantes no comércio online, ainda mais em um país de dimensões continentais como o Brasil, pois os reflexos de qualquer problema nesta etapa atingem diretamente o consumidor, o que pode gerar insatisfação e perda de confiança na marca.

Antes da pandemia, o Brasil já estava atingindo 200% do que era previsto de crescimento nesse setor, e os investimentos em logística last mile têm se mostrado cada vez mais importantes para o sucesso das entregas. Por isso, as perspectivas para esse setor em 2021 são positivas.

Além dos prazos de entrega, que ficaram cada vez mais acelerados com a pandemia, os empreendedores estão cada vez mais atentos com o custo do delivery. Por isso, a procura de pequenos e médios negócios por players especializados em logística last mile é cada vez maior, para também reduzir custos.

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Acredito que a principal expectativa para o setor de logística em 2021 é de uma consolidação do uso de soluções tecnológicas por empresas tanto para vender quanto para entregar os produtos. Também estimo um crescimento no número de empresas que migraram ou estão migrando suas vendas para o online. Teremos alternativas cada vez mais diversificadas de entrega, com o uso de plataformas de compartilhamento de veículos, e entregas colaborativas, que possam cada vez mais se adaptar à demanda do cliente.

Com a redução de custos e melhoria na qualidade de serviço, o mercado tende a receber cada vez mais soluções inovadoras e disruptivas, não apenas em relação ao produto final, mas também em toda a cadeia logística, desde a gestão de estoques, até a chegada do produto para o consumidor.

*Luiz Giordani, gerente geral da Lalamove no Brasil

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