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PF prende no aeroporto de Guarulhos operador que lavou R$ 1,4 bilhão em criptoativos

Investigado foi detido neste domingo, 7, quando embarcava para Dubai; PF descobriu conta que movimentou R$ 13 bilhões em quatro anos e suspeita que alvo ocultou valores do tráfico

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Por Redação
Atualização:
Movimentação no aeroporto de Guarulhos. Foto: WERTHER SANTANA / ESTADÃO CONTEÚDO

A Polícia Federal prendeu, na área migratória do aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, um operador especializado em lavar dinheiro com criptoativos - segundo os investigadores, em apenas dez meses, a conta bancária usada pelo suspeito movimentou mais de R$ 1,4 bilhão.

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O investigado foi preso neste domingo, 7, quando tentava embarcar para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A ordem de custódia cautelar foi expedida no bojo da Operação Colossus para ‘resguardar a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal’.

De acordo com a Polícia Federal, o homem fixou residência em Dubai para ‘seguir com a prática criminosa’ e ‘dificultar a atuação das autoridades’. O alvo foi preso após dias de monitoramento da PF.

Na Operação Colossus foi identificado que uma empresa controlada pelo investigado movimentou, entre 2017 e 2021, mais de R$ 13 bilhões entre créditos e débitos, sem apresentar registros de emissão de notas fiscais compatíveis com a movimentação bancária.

Também foram encontradas evidências de operação com dinheiro do tráfico de drogas e outros crimes.

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O suspeito é investigado por receber recursos ilícitos e lavar o dinheiro com a disponibilização dos montantes como criptoativos, tanto no exterior quanto em território brasileiro. A ocultação da origem do dinheiro se dava pelo uso de empresas de fachada, sob ‘administração’ de laranjas.

A PF também apura suposta prática dos crimes de falsidade ideológica, evasão de divisas, operação irregular de instituição financeira e falsa identidade em operação de câmbio.

Os investigadores têm provas de que, mesmo residindo fora do País, o suspeito segue lavando dinheiro - foi identificada uma conta bancária de uma empresa em nome de um ‘laranja’ usada pelo investigado para o recebimento e transferência de recursos.

“Com registros de atuação ao longo do último ano, em apenas dez meses a conta bancária por ele utilizada apresentou movimentação bancária superior a R$ 1,4 bilhão”, informou a PF.

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