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Portugal comunica à Promotoria de São Paulo contas milionárias de ex-auditora da Fazenda de São Paulo

Relatório da Polícia Judiciária Portuguesa identificou débitos de 1,9 milhão de euros de contas na Suíça e e Macau para ex-servidora do fisco paulista investigada pelo Ministério Público por suposto enriquecimento ilícito; informações foram reveladas pelos repórteres Walace Lara e Robinson Cerântula e confirmadas pelo Estado

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Por Redação
Atualização:

Reprodução de trecho de relatório da Polícia Judiciária de Portugal Foto: Estadão

A Polícia Judiciária de Portugal enviou ao Ministério Público Estadual de São Paulo um relatório sobre movimentações milionárias da ex-fiscal de rendas da Secretaria da Fazenda, Ideli Dalva Ferrari. Ela é investigada pela Promotoria por suposto enriquecimento ilícito após terem identificados em nome dela e de familiares 44 imóveis e movimentações de R$ 10 milhões. As informações sobre a investigação em Portugal foram reveladas pelos repórteres Wallace Lara e Robinson Cerântula, da Rede Globo, e confirmadas pelo Estado.

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Documento

RELATÓRIO

Segundo relatório da Polícia Judiciária portuguesa, contas de Ideli receberam 1,9 milhão de euros entre março de 2016 e novembro de 2018. Os valores vieram de contas offshore, também em nome dela, na Suíça, em Macau e no Brasil. Parte dos valores teria sido destinada à compra de imóveis.

Em uma das transações apontadas em relatório, consta uma transferência de 460 mil euros para uma empresa em nome de Ideli em Beirute, mas o banco Holandês que gerencia a conta fez o valor retornar à instituição financeira onde a ex-fiscal é correntista em Portugal. Este é um dos pagamentos que Ideli fez também entre 2016 e 2018. Totalizando, ela fez transferências de até 1,3 milhão de euros para outras contas.

SOmente em investimentos, ela tem 1 milhão de euros, segundo o relatório. A filha e a mãe de Ideli também tinham imóveis e contas em seus nomes em Portugal, de acordo com a Polícia Judiciária. Dois deles, somados, chegariam a 400 mil euros.

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Apesar das movimentações milionárias apontadas pelo Ministério Público Estadual de São Paulo, Ideli recebias R$ 13 mil mensais de salário.

A reportagem não localizou a defesa de Ideli Dalva Ferrari. À rede Globo, o advogado Kleber Santoro afirmou que 'até a presente data', sua cliente 'não foi citada de qualquer processo judicial de improbidade, desconhecendo o teor das acusações'. "Minha cliente exercerá sua defesa e provará no judiciário, em momento oportuno, a legalidade de todo seu patrimônio, cuja constituição e movimentação sempre foram lícitas"

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