Overeador Rinaldi Digilio (PRB-SP) propôs um projeto de lei, na Câmara Municipal de São Paulo, que prevê o cancelamento de bilhetes únicos de usuários que tenham sido flagrados cometendo atos de violência sexual dentro do transporte público. A iniciativa dá aos motoristas e cobradores a prerrogativa de 'tomar as medidas cabíveis'.
O projeto já está em tramitação no Palácio Anchieta e foi divulgado nesta segunda-feira, 4, pelo gabinete de Digilio, que é pastor da Igreja Evangelho Quadrangular.
Neste sábado, 2, a Polícia prendeu mais uma vez o ajudante de serviços gerais Diego Novais, o ejaculador da Paulista. Em quatro dias ele foi flagrado duas vezes molestando moças no ônibus. Da primeira vez, ejaculou no pescoço da vítima. Foi solto. Da segunda vez, esfregou o pênis na vítima. Agora está preso.
Em sua justificativa, o parlamentar paulistano afirma que 'só no ano de 2016, foram registrados 188 relatos de abusos em trens e 31 em ônibus com média de 4 casos por semana, além dos casos não notificados'.
"Caberá ao motorista, cobrador, ou representante legal da empresa concessionária, noticiar a SPTrans (São Paulo Transporte), ou outro órgão que por ventura vier a substituir, para tomada de medidas cabíveis, ao cumprimento desta lei, sob pena de cancelamento de concessão para o caso de inércia", diz o projeto do vereador pastor.
O projeto não detalha como as empresas de ônibus poderão cumprir o que é proposto pelo vereador, mas prevê que o Poder Executivo o regulamente em até 90 dias.