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'Quem financiou sua vinda?'; veja tudo que a PF quer saber dos radicais presos por atos golpistas em Brasília

Questionário padrão da Polícia Federal foi submetido a todos os flagrados na ofensiva antidemocrática que arrasou os palácios dos Poderes; estratégia dos investigadores é agilizar apuração e fichamento dos manifestantes

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Foto do author Rayssa Motta
Foto do author Fausto Macedo
Por Rayssa Motta e Fausto Macedo
Atualização:

A Polícia Federal (PF) preparou um modelo de questionário para agilizar o fichamento das pessoas que foram presas em flagrante por participação nos atos golpistas que aconteceram no último domingo, 8, na Praça dos Três Poderes.

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Os extremistas tiveram que responder fonte de renda, quem financiou a viagem a Brasília, a data de chegada à capital federal e cidade onde reside, além de escolaridade. Com esses dados, a PF preencheu o Termo de Qualificação e Interrogatório de cada detido.

Os policiais também perguntaram se os manifestantes participaram dos protestos radicais, se invadiram algum prédio e se danificaram ou viram alguém depredar algum bem público.

O roteiro de perguntas incluiu: "Você saberia apontar alguma pessoa que danificou o patrimônio público na Esplanada dos Ministérios?", "Quando chegou ao acampamento localizado nos arredores do Quartel General do Exército?".

Outro abordado pela PF foi o uso de redes sociais. Os presos tiveram que informar os perfis e as plataformas usadas e se incentivaram as manifestações em suas contas online.

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 Foto: Estadão

Ao todo, 1.418 pessoas foram presas em flagrante: 222 na Praça dos Três Poderes e 1.196 no acampamento em frente ao Quartel General do Exército.

Em um primeiro momento, os manifestantes foram levados para a Academia Nacional de Polícia, onde foram lavrados os termos de prisão em flagrante. Em seguida, eles passaram pelo Instituto Médico Legal (IML), de onde os homens foram encaminhados para o Complexo Penitenciário da Papuda e as mulheres para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal.

Outras 599 pessoas foram fichadas e liberadas por 'questões humanitárias'. São idosos, pessoas com problemas de saúde e mães acompanhadas de crianças.

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