BRASÍLIA - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) oficializou às 18h27 desta terça-feira (11) o pedido de registro de candidatura de Fernando Haddad (PT) à Presidência da República. O edital dando publicidade ao pedido de registro deve ser publicado nesta quarta-feira (12).
"A candidatura de Fernando Haddad é definitiva. E a partir do momento em que dermos entrada (ao pedido de registro), é a única candidatura da coligação, que evidentemente não pode ter dois candidatos a presidente", disse a advogada Maria Cláudia Bucchianeri.
"A partir do protocolo, o que existe é o pedido de registro candidatura de Haddad presidente e Manuela (D'Ávila) vice. Uma coligação não pode ter duas candidaturas à presidência da Republica. A partir do momento que Haddad for o candidato a presidente, já não existe mais a candidatura de Lula", ressaltou Bucchianeri.
Enquanto a advogada de Lula protocolava os pedidos de registro de Haddad e Manuela, foi divulgada a decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou os pedidos do PT tanto para adiar o prazo de substituição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cabeça da chapa quanto para suspender a decisão do próprio TSE que negou o registro do petista.
"Nós tínhamos muita confiança na tese que defendemos desde o início, quando recebemos o comunicado do Comitê de Direitos Humanos da ONU, tínhamos muita convicção de que teríamos êxito, se não no Tribunal Superior Eleitoral, ao menos no Supremo Tribunal Federal. Alimentamos essa esperança, essa perspectiva, esse sonho até o minuto final", comentou Bucchianeri.
"Como não foi possível ter uma resposta, a ordem da campanha - e essa é uma decisão política e não jurídica - foi que às 18h em ponto Fernando Haddad renunciasse à sua candidatura a vice-presidente e que em seguida déssemos entrada na sua oficialização como candidato da coligação à Presidência da República", explicou a advogada.
Relator. O relator do pedido de registro de Haddad deve ser o ministro Luís Roberto Barroso, segundo informou a assessoria do TSE. Isso porque Barroso foi o relator do registro da coligação PT/PC do B/PROS, que já foi aprovada pelo plenário da Corte Eleitoral.
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