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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

PT diz que Ministério da Justiça nunca foi do PSB e insiste no comando da pasta

Petistas afirmam que indicação de Dino para o MJ foi escolha pessoal de Lula, não cota partidária

Foto do author Augusto Tenório
Foto do author Roseann Kennedy
Por Augusto Tenório e Roseann Kennedy

O PT demonstra que não abrirá mão do pleito pelo comando do Ministério da Justiça e afirma, nos bastidores, que a pasta nunca fez parte da cota partidária do PSB na partilha da Esplanada. Petistas argumentam que Flávio Dino, atual ministro, é uma indicação pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que, por isso, o governo não tem obrigação de conduzir o secretário executivo Ricardo Cappelli, ou qualquer outro nome do PSB, para o cargo, diante da indicação de Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF).

O PSB, por sua vez, demonstra que gostaria de ver Cappelli assumir o comando definitivo da pasta. O partido tem planos eleitorais no Distrito Federal para o secretário-executivo. Petistas dizem que até aceitariam ficar sem o comando direto da pasta, desde que o novo ministro tenha a envergadura política e técnica igual ou superior a de Dino. Não consideram que Cappelli tenha esse perfil.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, ao lado do secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli. Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

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Os mesmos petistas dizem que, pelo tamanho da bancada do PSB, a única pasta que é, de fato, do partido é o Ministério do Empreendedorismo, chefiado por Márcio França. Antes, ele foi ministro de Portos e Aeroportos. O PSB tem 15 deputados e quatro senadores.

Como mostrou a Coluna, uma ala expressiva do PT trabalha para que o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, assuma o comando da Justiça. Outro nome citado no partido para o ministério é Marco Aurélio Carvalho, coordenador do grupo de advogados Prerrogativas. O ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski, também é cotado.

Enquanto isso, Lula foi orientado por ministros do Supremo a “resgatar o prestígio” da Justiça, ministério que já foi comandado por personalidades como Márcio Thomaz Bastos, Nelson Jobim, Petrônio Portella, Tancredo Neves, e num período histórico mais distante Rui Barbosa e José de Alencar, por exemplo.

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