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França pode transferir tecnologia

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Por Andrei Netto
Atualização:

A "aliança estratégica" estabelecida em Paris entre os governos do Brasil e da França são o início de um projeto brasileiro de reforço de suas Forças Armadas com vistas à formação de um poderio militar capaz de reforçar o poder político internacional almejado pelo País. A convicção foi revelada ao Estado ontem, na capital francesa, pelo ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger. Na visão dele, a reconstrução de uma indústria nacional de defesa, em parte graças a acordos de transferência de tecnologia, visa a conferir ao Brasil a segurança de um "escudo" que garanta a independência e a soberania do Estado. "Precisamos saber o que queremos: vamos ser um país sério, democrático, que tem um papel histórico na humanidade?", questionou Mangabeira Unger, que antes de virar ministro havia classificado o governo Lula como "o mais corrupto da história". De acordo com ele, o governo quer "virar a página" do regime militar e reconciliar a idéia de um Estado forte com Forças Armadas profissionais, bem treinadas e equipadas com tecnologia de primeira linha. A visita da comitiva brasileira à França prosseguiu ontem, em Toulon, no sul do país, com a inspeção de uma base de submarinos onde estão em operação as embarcações nucleares de Classe Rubi, semelhantes às que o Brasil ambiciona construir no Rio de Janeiro. Hoje, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, visitará o estaleiro da DCNS, fabricante dos submarinos, em Cherbourg, na Baixa Normandia.

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