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Justiça valida eleição de Pablo Marçal como deputado e petista perde vaga

Com a decisão, Paulo Teixeira, do núcleo jurídico da campanha de Lula, perde a reeleição

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA – O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo decidiu nesta sexta-feira, 14, validar a candidatura de Pablo Marçal (PROS) a deputado federal. Com a redistribuição dos votos, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que inicialmente havia conseguido a reeleição, estará fora da próxima legislatura da Câmara. O petista coordena o núcleo jurídico e de segurança pública da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência.

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O coach e empresário filiado ao PROS havia conseguido votos suficientes para ser eleito, mas sua candidatura estava indeferida desde o dia 30 de setembro porque um juiz do TRE-SP entendeu que ele não cumpriu o prazo correto de registro para entrar na disputa. O plenário do tribunal, no entanto, decidiu rever a decisão.

Marçal entrou como candidato a deputado federal em substituição a Ednalva Jacinta de Almeida (PROS), conhecida como Edijota. De acordo com o relator do caso, o juiz Afonso Celso da Silva, o requisito para registro “foi plenamente cumprido” e é “suficiente a manifestação do candidato e do partido manifestada no pedido de substituição e no registro de candidatura”.

O empresário inicialmente tentou se candidatar à Presidência da República, mas após uma guerra judicial pelo comando do PROS, acabou tendo sua candidatura desautorizada e a sua legenda entrou na coligação de Lula. Mesmo com a decisão do partido em embarcar na campanha petista, Marçal decidiu declarar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) desde o primeiro turno.

Nesta quinta-feira, 13, o empresário participou de uma transmissão ao vivo ao lado do presidente. “Peço que você deixe sua reputação um pouquinho de lado”, disse o coach na live. “Não é melhor nos próximos 15 dias todo mundo suspender a própria reputação para defender a Nação? Vamos evitar a perda da nação para esquerda, o jogo é baixo. Não vamos ter controle disso, vamos entrar numa campana exponencial. Estamos com a campanha sendo censurada em algumas frentes, mas ninguém consegue censurar quando o batalhão é gigantesco”, declarou Marçal ao fazer um apelo para que influenciadores digitais se engajem na campanha de Bolsonaro.

Pablo Marçal ficou conhecido após liderar uma expedição de 32 pessoas para a Serra da Mantiqueira, próxima à divisa entre São Paulo e Minas Gerais. Sem nenhum tipo de preparo ou precaução de segurança, e com condições climáticas adversas, o grupo precisou ser resgatado pelos bombeiros.

A presença de Marçal na campanha bolsonarista não tem o apoio unânime dos aliados do presidente. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho ‘02′ do chefe do Executivo, chegou a chamar o empresário de “coach malandrão”.

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Em nota, o deputado Paulo Teixeira afirmou que Marçal concorreu “em condição absolutamente irregular” e teve a candidatura “deferida na última hora”. Segundo o petista, ainda haverá nova avaliação do caso. “A decisão é provisória e pende de solução definitiva pela Justiça Eleitoral, a quem cabe zelar para integridade do pleito. Na confiança de que o Poder Judiciário logo corrigirá essa decisão, honrarei o mandato popular conferido pelo povo de São Paulo”, disse o parlamentar.

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