PUBLICIDADE

Lira usa aviões da FAB para viajar a Salvador e Rio durante o carnaval

Presidente da Câmara alega motivos de segurança para fretar voos e acompanhar festas na capitais fluminense e baiana

PUBLICIDADE

Foto do author Levy Teles

BRASÍLIA — O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), realizou viagens para Salvador, Rio de Janeiro e Campinas durante o carnaval usando aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). A segurança ao parlamentar foi a justificativa dada em relatório para uso do jato oficial. Procurada, a presidência da Câmara ainda não se manifestou.

Como mostrou o Estadão, Lira apareceu tanto no desfile das escolas de samba como em camarote na capital fluminense e na capital baiana. Oito pessoas o acompanharam nessas duas excursões. Os nomes não são revelados pela FAB.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), participou neste domingo, 12, do desfile da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, no Sambódromo Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. Credito:  Foto: Reprodução @oficialarthurlira via instagram

PUBLICIDADE

Ele esteve em Salvador na sexta-feira, 9, a convite do deputado Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil na Câmara e cotado como um dos principais candidatos pela presidência da Casa, a ser decidida em 2025.

Lira partiu de Brasília às 11h40 da sexta-feira a Salvador e desembarcou às 13h20. Ele saiu da capital baiana no dia 11, às 10h20, e chegou às 12h15 no Rio de Janeiro.

No Rio, Lira desfilou no domingo, 11, acompanhando a Beija-Flor de Nilópolis. O enredo fez homenagem a Maceió, capital de Alagoas, Estado natal do presidente da Câmara. A prefeitura patrocinou a escola com R$ 8 milhões.

Em postagem nas redes sociais, Lira fez um agradecimento ao prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o JHC, que é seu aliado. “Muito orgulho da nossa terra! Nossa energia é inexplicável”, escreveu. O líder do PP na Câmara, Doutor Luizinho (RJ), também esteve presente.

Lira então partiu do Rio de Janeiro na segunda-feira, dia 12, às 6h15 e desembarcou em Campinas às 7h05. No último voo, cinco pessoas o acompanharam.

Publicidade

O uso de avião da FAB é regulamentado por um decreto presidencial. O texto prevê uma ordem de prioridade. Primeiro, em casos de emergências médicas. Segundo, quando há razões de segurança. Depois, viagens a serviço.

O custo dessas viagens aos cofres públicos chega a custar R$ 70 mil. Uma viagem em voo comercial sai em média entre R$ 1 mil e R$ 3 mil, considerando o preço cheio.

O uso de avião da FAB é regulamentado por um decreto presidencial. O texto prevê uma ordem de prioridade. Primeiro, em casos de emergências médicas. Segundo, quando há razões de segurança. Depois, viagens a serviço.

O custo dessas viagens aos cofres públicos chega a custar R$ 70 mil. Uma viagem em voo comercial sai em média entre R$ 1 mil e R$ 3 mil, considerando o preço cheio.

Para atender situações da mesma prioridade, a legislação diz que o vice-presidente da República, o presidente do Senado Federal, o presidente da Câmara dos Deputados e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) têm prioridade na prioridade de atendimento, nessa ordem, caso não haja possibilidade de compartilhamento da aeronave.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.