![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/CPCJUX4LHVOYLKTDEY4PPMHIOY.jpg?quality=80&auth=23d970658dc811583597330ae0f7289977fa3a94aeaba9c07715517659f369c4&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/CPCJUX4LHVOYLKTDEY4PPMHIOY.jpg?quality=80&auth=23d970658dc811583597330ae0f7289977fa3a94aeaba9c07715517659f369c4&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/CPCJUX4LHVOYLKTDEY4PPMHIOY.jpg?quality=80&auth=23d970658dc811583597330ae0f7289977fa3a94aeaba9c07715517659f369c4&width=1200 1322w)
Marcelo Odebrecht, vai admitir, em delação premiada, que controlava pessoalmente repasses para as campanhas presidenciais de Dilma Rousseff em 2010 e 2014, diz reportagem da Folha de S. Paulo.
De acordo com o jornal, Marcelo vai relatar que conversou com Dilma em 26 de maio de 2015 na Cidade do México a fim de alertá-la que os investigadores estavam prestes a descobrir pagamentos de US$ 4 milhões feitos na Suíça para o marqueteiro João Santana, responsável pela campanha petista. Segundo a reportagem, o encontro ocorreu 24 dias antes do executivo ser preso, no âmbito da Operação Lava Jato.
A assessoria da presidente afastada confirmou o encontro com o executivo na data informada por ele, mas negou ter falado sobre a campanha. Segundo Dilma, Santana recebeu R$ 70 milhões de seu comitê de campanha, com o PT arcando com mais R$ 8 milhões.
A interlocutores, o executivo disse que assumirá o controle sobre os gastos nas campanhas presidenciais de 2010 e 2014. Odebrecht assumiu a presidência da companhia em 2009. Ele alega, no entanto, que jamais cuidou de pagamentos de propinas a diretores da Petrobrás.
A reportagem diz ainda que o financiamento ilícito de campanhas eleitorais faz parte de um esboço de 20 temas que Marcelo preparou para sua delação. O executivo vai alegar que não considerava crimes os pagamentos ilícitos que fez ao marqueteiro do PT. Para ele, os repasses via caixa dois são parte da cultura política do Brasil.