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Ministro da CGU reafirma que governo vai retomar diárias

No entanto, Jorge Hage volta a negar a suspensão do cartão corporativo pelo governo: ' É uma conquista'

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Por Redação
Atualização:

inistro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, disse nesta quarta-feira, 21, que o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, não pretende acabar com o uso de cartões corporativos, mas, retomar o pagamento de diárias com valor fixo para ministros de Estado durante viagens pelo País."O cartão corporativo é uma conquista, não tem retorno. Nossa proposta é voltar a instituir as diárias com valor fixo do mesmo modo que recebem todos os outros agentes públicos do País, de todos os níveis e de todos os poderes. Veja também: CPI decide hoje acareação entre suspeitos do dossiê Ouça explicações de Aparecido sobre o dossiê  Ouça assessor tucano confirmando 'amizade quente' com Aparecido  Ouça versão de assessor tucano sobre troca de e-mails  Veja o dossiê com dados do ex-presidente FHC  Entenda a crise dos cartões corporativos  Teste seus conhecimentos: quem diz o que sobre o dossiê  Todo mundo, quando viaja, recebe uma diária. Ninguém precisa decidir por ele (ministro de Estado)qual hotel ficar. Ele fica onde quiser e paga a diferença do próprio bolso", explicou. Ao participar de entrevista a emissoras de rádio no estúdio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em Brasília, Hage não poupou elogios ao sistema de cartões corporativos e garantiu que a crise política enfrentada pelo governo, por conta do uso indevido da ferramenta, não afetou o trabalho desempenhado pela CGU. "O que houve foi um aumento geométrico da possibilidade de controle da fiscalização pela própria população. É uma das maiores conquista do governo Lula na área da moralização dos gastos do dinheiro público." Hage reforça que o controle fiscalizador, por parte do Estado, não deve ser "burocrático ou formalista em excesso" e diz que o cartão corporativo e o Portal da Transferência são exemplos de métodos modernos de controle. "É mais eficiente do que se exigir uma série de burocracias prévias à realização de cada gasto." Ele lembra ainda que a corrupção não é um mal específico do Brasil e que o combate, portanto, deve ser feito de maneira globalizada. "Hoje em dia, é entendimento unânime que nenhum país dá conta do combate à corrupção isoladamente. Hoje, você transfere (dinheiro) apertando um botão em um terminal de computador. Ele circula mundialmente sem fronteiras e sem barreiras. A facilidade das transações econômicas na globalização também a facilita a corrupção transnacional."

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