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Pedro Corrêa cita ex-presidente em delação, afirma revista

Ex-presidente do PP 'não apresenta provas, mas faz verdadeira crônica da política brasileira, apontando irregularidades e falcatruas'

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Por Redação
Atualização:

O ex-presidente do PP Pedro Corrêa, preso há quase um ano pela Operação Lava Jato, deve assinar acordo de delação premiada nos próximos dias, segundo reportagem da revista Época desta semana. O texto da revista diz que, de acordo com Corrêa, “Lula sabia da existência do petrolão e da função exercida no esquema pelo ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa”. A proposta de delação já teria 73 capítulos e mencionaria 130 agentes políticos.

A revista informa que, em sua proposta, o ex-presidente do PP “não apresenta provas robustas, extratos bancários, mas faz uma verdadeira crônica da política brasileira, apontando irregularidades e falcatruas em diversos períodos da história e em distintos partidos”. São citados desde líderes de partidos no Congresso Nacional e ex-presidentes. Para processar todo o conteúdo e chegar a um acordo final, os procuradores envolvidos na Lava Jato, em Brasília, levaram quase seis meses.

O ex-deputado Pedro Corrêa, preso na Lava Jato e no mensalão Foto: CELSO JUNIOR/AE

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Num trecho, Corrêa teria dito que ele e seu colega de partido João Pizzolatti foram ao escritório do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, petista histórico e próximo a Lula, e encontraram Marcos Valério e um empresário. Greenhalgh, Valério e o empresário queriam que Corrêa e Pizzolatti os ajudassem a fechar um contrato com a área da Petrobrás comandada por Paulo R. Costa. Segundo a reportagem, o ex-deputado do PP explicita que o mensalão originou o “petrolão”.

Oficialmente, a defesa de Corrêa não confirma que o ex-deputado esteja prestes a fechar um acordo de delação. Advogados que acompanham o caso, porém, dizem que ainda é preciso acertar alguns detalhes com a Procuradoria-Geral da República, mas que o acordo deve sair até o fim do mês.

Procurado por Época, Lula, por meio de sua assessoria, afirmou que “não comenta supostas delações e repudia o jornalismo feito por vazamentos ilegais”.

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