Rodrigo Maia defende mudança em regras de financiamento eleitoral

Para o presidente em exercício, proibição de doações empresariais restringe recursos a quem comanda partidos, já tem estrutura ou detém a máquina pública

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O presidente da República em exercício, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu na manhã desta segunda-feira, 19, mudanças na forma como é feito atualmente o financiamento eleitoral. Maia, que dirige a Câmara dos Deputados, disse que as eleições municipais deste ano, com modelo que proíbe o financiamento empresarial, mostra que só quem comanda os partidos, ou os que já têm estruturas ou está na máquina tem dinheiro para suas campanhas.

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Como publicado pelo Estado nesta segunda-feira, 19, deputados e senadores articulam no Congresso a volta do financiamento empresarial de campanha. A estratégia é aproveitar a dificuldade de arrecadação na eleição deste ano, quando empresas estão oficialmente proibidas de doar a candidatos pela primeira vez desde 1994, para trazer a discussão à tona e tentar aprovar ainda este ano a volta da doação de empresas. 

Maia defendeu que a discussão sobre a reforma do sistema eleitoral não deve se restringir apenas a questões como a redução do número de partidos. “É preciso pensar qual será o financiamento (de campanha) para os próximos anos.” E disse que com esse sistema atual, se impõe a lista fechada.

O presidente em exercício já vinha defendendo mudanças no modelo de financiamento eleitoral e pregando que o Congresso avalie o resultado da eleição de outubro para propor mudanças na legislação. Para o democrata, a proibição do financiamento foi colocada em prática sem a mudança do sistema eleitoral como um todo.

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Sobre a reforma da Previdência, disse que só será encaminhada a partir do final de outubro. Com as sessões necessárias, ele acredita que a Previdência não deve ser votada este ano pela Câmara dos Deputados. “Se tivermos a vitória da PEC do Teto dos Gastos, avançaremos muito, esta é a nossa agenda mais importante deste ano.” Sobre a reforma trabalhista, Maia disse acreditar que ela também não será votada este ano.

O presidente em exercício disse que sua missão na direção da Câmara dos Deputados é atuar para agregar e não com radicalismos. “Precisamos votar a reforma fiscal, aí teremos condições de encaminhar outros temas em 2017, como as reformas tributária e trabalhista, que só virão se superarmos a agenda fiscal.”

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