PUBLICIDADE

Rompida com PDT e Ciro, Tabata apoiará candidata do Cidadania em São Paulo

Apoio de Tabata a Malu Molina à Câmara Municipal é mais uma sinalização da aproximação entre a deputada federal e o Cidadania

Por Camila Turtelli
Atualização:

BRASÍLIA - Rompida com seu partido, o PDT, a deputada federal Tabata Amaral (SP) irá apoiar a cientista política Malu Molina na disputa por uma vaga de vereadora na maior cidade do País. Molina concorreu à Assembleia Legislativa paulista em 2018 pelo partido de Ciro Gomes e anunciou sua ida ao Cidadania recentemente.Tabata deve, dentro das regras permitidas, acompanhar a candidata em eventos e gravar vídeos de apoio.

O apoio de Tabata à colega é mais uma sinalização da aproximação entre a deputada federal e o Cidadania.  Depois de trocar o antigo nome PPS, a legenda promoveu outra mudança interna para atrair personalidades identificadas com a "nova política". A sigla extinguiu a regra que obriga um deputado ou um senador a votar conforme a orientação do partido, o chamado "fechamento de questão", no jargão legislativo. A exclusão da norma foi feita sob medida para atrair Tabata, punida no ano passado por contrariar sua atual legenda na reforma da Previdência.

A deputada Tabata Amaral Foto: Dida Sampaio/Estadão

PUBLICIDADE

Foi essa punição, inclusive, que fez Malu deixar o PDT.“Infelizmente os atos de Ciro Gomes, especialmente o processo de fritura que ele promoveu da Tabata, durante a votação da Previdência, serviu para abrir meus olhos e ver que ele estava muito distante do líder ideal para o País”, disse Malu sobre sua decepção com o principal nome de seu antigo partido.

“Quando decidi militar e me filiar a um partido, a primeira coisa que fiz foi pesquisar o histórico, as bandeiras, lideranças e visão de mundo de todos. Foi assim que cheguei ao PDT. Vi uma legenda com histórico de defesa à educação pública, combate às desigualdades e defesa de um projeto nacional, liderado por Ciro Gomes”, disse sobre o motivo que a levou ao PDT antes de se decepcionar.

Malu e Tabata se conheceram no início de 2018 no movimento RenovaBR. Naquele ano, ambas se lançaram candidatas a deputadas estadual e federal, respectivamente. “O partido me identificada como modelo, com um potencial estimado de 500 votos. Tabata era descrita como blogueira e tinha uma expectativa de 5 mil votos”, disse Molina, que estudou moda. Ela não foi eleita, nas teve 17.721 votos em São Paulo e Tabata se elegeu com 264.450 votos para a Câmara dos Deputados.

Criada na periferia paulistana, Molina tem uma história de vida semelhante à de Tabata. A paulistana conta que teve de se dedicar para conseguir bolsas de estudos para se formar e trabalhar desde cedo para contribuir com as contas da casa. Antes de se formar em ciências políticas, estudou moda e trabalhou como vendedora.