O governo João Doria (PSDB) adiou a reclassificação das regiões do Plano São Paulo, de reabertura econômica e flexibilização da quarentena, desta quinta-feira, 7, para a sexta-feira, 8. O anúncio poderá colocar outras partes do Estado na fase vermelha, de mais restrições, na qual hoje está exclusivamente a região de Presidente Prudente, ou na fase laranja, a depender da piora das taxas de ocupação de leitos e outros dados relacionados à pandemia da covid-19.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, a reclassificação ainda não foi definida. Um dos motivos do adiamento é a realização de uma outra coletiva de imprensa estadual nesta quinta-feira, que trará mais informações sobre os resultados dos testes realizados no Brasil da vacina Coronavac, criada pela empresa chinesa Sinovac e que será produzida no País pelo Instituto Butantã.
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A promessa é que, também nesta quinta, o Butantã solicite à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização para uso emergencial do imunizante. A última reclassificação do Plano São Paulo ocorreu em 22 de dezembro, quando também foi anunciado um recuo para a fase vermelha em todo o Estado entre 25 e 27 de dezembro e 1º e 3 de janeiro.
Até as 18 horas de quarta-feira, 6, o Estado de São Paulo registrou 47.511 óbitos e 1.501.085 casos confirmados do novo coronavírus. Segundo balanço mais recente da Secretaria Estadual da Saúde, a taxa de ocupação de UTI é de 62,5%, média que chega a 65,2% na Grande São Paulo. Ao todo, 12.201 pacientes estão internados, dos quais 6.947 em enfermaria e 5.254 em leitos de UTI.
O aumento nas taxas da doença tem preocupado o governo, especialmente após os registros de aglomerações e o desrespeito de parte dos municípios às restrições determinadas em âmbito estadual para o período das festas de fim de ano.
Segundo a Secretaria da Saúde, o Estado tem um aumento de 68% em casos e de 57% em mortes pela covid-19 na comparação entre os 30 primeiros dias de dezembro e o mesmo período do mês anterior. Em reunião com prefeitos na quarta-feira, Doria afirmou que São Paulo vive uma segunda onda da doença.
A situação se repete pelo País. Pelo aumento nas taxas da doença, Belo Horizonte anunciou o fechamento do comércio considerado não essencial partir da próxima segunda-feira, 11. Medida semelhante foi determinada no Amazonas por meio de ordem judicial. Na terça-feira, 5, a decisão foi confirmada em segunda instância e deve se estender por 15 dias como estratégia para conter a nova escalada da pandemia na região