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Grupo cobre reféns com lençol e permite que PM seja avisada de crime

Após invadirem casa e renderem família, bandidos enganaram vigia noturno que apareceu para cobrar pagamento

Por Pedro da Rocha
Atualização:

SÃO PAULO - Um lençol jogado sobre uma família mantida refém por criminosos que invadiram sua casa, na noite de quinta-feira, 10, permitiu a uma das vítimas mandar um mensagem de celular para a namorada, que avisou a Polícia Militar (PM). Segundo as Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), a residência, na Rua Cenerino Branco de Araújo, em Campo Grande, zona sul de São Paulo, foi cercada e houve troca de tiros com dois suspeitos, que acabaram mortos. Uma adolescente, de 17 anos, foi apreendida e um quarto assaltante conseguiu fugir.

 

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Quando entrava com o carro na garagem da casa, às 21h40, o dono da residência foi abordado por dois homens armados com revólveres calibre 38, que pularam o muro. Na casa estavam os filhos dele, um casal, também rendidos.

 

Mantidos reféns, todos eram agredidos com tapas e ameaçados, quando a campainha tocou. Um dos assaltantes foi atender. Era o vigia noturno da rua, que estava ali para receber seu pagamento mensal. O criminoso falou para ele entrar, pois o dono da casa o estava esperando. Sem desconfiar, o vigia aceitou o convite, foi rendido, agredido e se juntou às outras vítimas.

 

Antes de revirar a casa, os bandidos reuniram os reféns no sofá e jogaram um lençol sobre eles. O filho aproveitou, pegou seu celular e mandou uma mensagem para a namorada, avisando do assalto. Ela comunicou o crime à PM.

Tiroteio. No local, os policiais da Rota aproveitaram que o portão estava aberto e entraram na residência. O capitão Gentil Carvalho Junior contou sua versão da troca de tiros. "Um dos assaltantes pulou o muro, mas um de meus homens deu a volta por uma escada e o surpreendeu do outro lado. O assaltante disparou e no tiroteio acabou baleado. Um segundo bandido, ao sair pela porta da casa, encontrou dois de meus homens posicionados. Ele atirou e também foi alvejado", relatou Junior. Socorridos no Hospital Pedreira, Samuel da Silva Brito, de 28 anos, e o outro homem, sem identificação, morreram.

Vizinhos avisaram aos policiais que um terceiro integrante do grupo se escondia na casa vizinha. Os PMs encontraram a adolescente escondida debaixo de uma pia. Testemunhas contaram ainda terem visto um quarto homem fugindo pelo telhado das casas. O caso foi registrado no 98º Distrito Policial (DP).

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