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IML reafirma que menino morto em Bauru tem sinais de tortura

Morte de jovem de 15 anos, depois de ser abordado por seis PMs, desencadeou onda de protestos

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Por Jair Aceituno e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

O diretor da regional do Instituto Médico Legal (IML) de Bauru, Ivan Segura, voltou a afirmar que o corpo do jovem Carlos Rodrigues Junior, de 15 anos, morto na madrugada de sábado, quando seis policiais foram à sua casa para prendê-lo sob a acusação de ter roubado uma moto, apresentava sinais de choques elétricos, que podem ter causado a sua morte. "Dependendo do trajeto que a corrente faz no corpo, pode provocar a morte", disse o médico, informando que o laudo oficial será divulgado nesta terça. O advogado Sérgio Eduardo Mangialardo, defensor do PMs criticou a divulgação de dados dos exames antes de concluído o laudo, afirmando que isso pode levar a conclusões incorretas. Anunciou que estará apresentando à Justiça Militar, em São Paulo, o pedido de habeas-corpus em favor dos militares, que continuam recolhidos no Presídio Romão Gomes. Alegará bons antecedentes e impossibilidade de soltos atrapalharem a instrução processual, pois o Inquérito Policial Militar (IPM) já coletou as provas de acusação no dia dos fatos. A Comissão de Direitos Humanos da OAB entrou no caso e informa que vai acionar a ouvidoria da PM para encaminhar administrativamente o caso. A empresa municipal de trânsito recolocou dez postes com placas de sinalização e reparou os semáforos da avenida Marcos de Paula Raphael, palco de uma onda de protestos contra a violência policial. A Telefonica também cuidava da recolocação dos orelhões arrancados pelos manifestantes. A polícia deverá abrir inquérito e tentar localizar os responsáveis pelo vandalismo.

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