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O diário de um combatente de 1932

Integrante do Batalhão Universitário registrou memórias do front na Revolução Constitucionalista; texto ficou quase 80 anos guardado

Por Carlos Eduardo Entini
Atualização:

"A plataforma é pequena para conter o povo que dá votos de felicidade num entusiasmo delirante". É com essa impressão que Aurelio Stievani parte para o combate contra as tropas federais em 14 de julho de 1932 e também abre o diário da Revolução Constitucionalista que escreveu no calor dos fatos. Com quatro volumes e 131 páginas, o relato de Stievani é rico em sentimentos que revelam a mobilização dos civis que São Paulo vivenciou naqueles quase três meses de conflito. "A guerra tem seu lado bom. É essa camaradagem, fraternidade que floresce entre aqueles que se batem por uma causa justa", concluiu o voluntário que lutou no 2.º pelotão da 2.ª companhia do Batalhão Universitário Paulista. Aurelio Stievani tinha 24 anos e era aluno da Politécnica quando se alistou. Formou-se engenheiro civil no ano seguinte do conflito. O batalhão, formado por universitários, viria a ser chamado de 14 de julho, em referência ao dia em que partiu de São Paulo para Itararé, na fronteira com o Paraná. O batalhão universitário era um entre as dezenas que se formaram quando as forças paulistas lideradas pelo general Isidoro Lopes tomaram o Estado e iniciaram a marcha para o Rio. 

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