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Histórias e curiosidades do jeito de viver nos condomínios de SP

Oi, vizinho

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Por Angélica Arbex
 

Até o final desta década, 90% dos brasileiros viverão nas cidades. No mundo este número é em torno de 60%. As cidades estão cada vez maiores e mais verticalizadas. Segundo o último relatório publicado das ONU, as mega cidades estão crescendo em velocidade acelerada. Na década de 90 existiam 10 cidades com mais de 10 milhões de habitantes no mundo e juntas elas abrigavam 153 milhões de pessoas. Em 2014, 453 milhões de pessoas já viviam em 28 mega cidades com mais de 10 milhões de habitantes e em 2030 já serão 41 super cidades.

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São Paulo e a cidade do México compartilham a quarta posição no ranking mundial com 21 milhões de habitantes na região metropolitana. Fazer desta metrópole um lugar mais humano, com mais convivência, maior espírito de comunidade e vizinhança não é  e não pode ser uma tarefa exclusiva do poder público. Claro que não existe uma única São Paulo, não existe a "cara" da cidade e nem um jeito único de cuidar dela, mas talvez o maior desafio do nosso mundo contemporâneo seja como fazer deste amontoado de prédios, avenidas, shoppings, carros e tudo mais, espaços harmoniosos, vivos, diversos e seguros.

Os condomínios são a solução que permite que a vida urbana se viabilize, talvez a primeira escala de comunidade antes do quarteirão, da rua, do bairro. Como construir uma cidade mais colaborativa se os condomínios continuarem a ser ilhas isoladas com gestão ensimesmada cada um olhando para os seus interesses, os seus recursos, o seu orçamento, a sua calçada apenas?

Podemos começar a incentivar iniciativas nos condomínios que vão ajudar a redesenhar a cidade. Desde eleger síndicos com um novo perfil, mais preocupados com o entorno, com a construção de tecidos de vizinhança, com a formação de comunidades até a construção de coisas que podem ser cuidadas e compartilhadas por todos como hortas comunitárias, grupos de voluntariado ou corrida  por exemplo, passando por um "oi vizinho" mais amável no elevador, é no movimento coletivo que a cidade vai ficar mais humana.

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