Hora do Planeta: ONG convoca ‘apagão’ para alertar sobre as mudanças climáticas; veja fotos

Em diversos pontos do País, luzes foram apagadas para chamar a atenção da sociedade sobre a urgência de frear a degradação do meio ambiente

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Por Giovanna Castro
Atualização:

A Hora do Planeta, evento internacional anual da organização ambientalista não-governamental World Wide Fund for Nature (WWF), promoveu um “apagão” em diferentes pontos do Brasil neste sábado, 25, em prol da luta contra as mudanças climáticas.

Neste ano, monumentos emblemáticos do País, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e prédios públicos históricos, como o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, apagaram as luzes durante a ação, segundo o WWF.

Neste sábado, monumentos, como o Cristo Redentor, e prédios públicos, como o Congresso Nacional e o STF, apagaram as luzes durante a Hora do Planeta, segundo o WWF.  Foto: ANDRE BORGES / WWF

A mobilização, que foi marcada para acontecer de forma sincronizada às 20h30 deste sábado, durou cerca de 60 minutos. Monumentos e prédios públicos em diversas cidades do País apagaram suas luzes como forma de adesão ao movimento, além de empresas que apoiam a ONG.

Todo mundo foi convidado a participar

Quem quisesse se juntar à causa podia apagar as luzes da sua casa ou estabelecimento comercial das 20h30 às 21h30. A ONG recomendou que as pessoas reunissem amigos, vizinhos e familiares e utilizassem esse período de uma hora de luz apagada para refletirem sobre como podem colaborar para reduzir o impacto da degradação do meio ambiente e das mudanças climáticas para a humanidade e para a natureza.

Cristo Redentor durante Hora do Planeta. Ação é promovida anualmente pelo WWF e tem como objetivo conscientizar população a respeito de desafios socioambientais. Foto: ANDRE BORGES / WWF

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Segundo representantes da instituição e ambientalistas, como a bióloga Nurit Bensusan, especialista em biodiversidade e pesquisadora do Programa de Política e Direito do Instituto Socioambiental (ISA), é importante que as pessoas fossem além da participação em ações como esta, do “apagão”.

A ONG incentiva que os cidadãos se engajem em movimentos comunitários e participem de medidas práticas, como colaborar para a limpeza de praias e o plantio de árvores. Nurit recomenda que o consumo seja repensado.

Escritórios de autoridades em Hong Kong durante Hora do Planeta deste ano. Foto: WILLIAM YEUNG / WWF-HONG KONG

“Cada pessoa individualmente poderia fazer muito mais, se posicionando contra uma economia que despeja seus impactos socioambientais nos outros agentes da sociedade. Cada um de nós poderia contribuir para tornar essa economia inaceitável, mas a gente não faz isso”, diz a bióloga.

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Ações globais

Segundo Giselli Cavalcanti, analista de engajamento do WWF-Brasil, além do “apagão”, a Hora do Planeta teve mais de 400 eventos programados pelo País este ano, tanto virtuais quanto presenciais. Apoiadores em mais de 190 países e territórios participaram do evento, que acontece no Brasil desde 2009.

Este ano, a ONG disponibilizou um mapa de visibilidade dessas ações em seu site. Na Mongólia, na Ásia, a Hora do Planeta teve um desfile de moda sustentável com estilistas locais, apresentando roupas recicladas e redesenhadas. Já a Letônia, país báltico europeu, sediou seu tradicional concerto para parceiros e apoiadores.

A edição 2023 da Hora do Planeta em Kuala Lumpur, na Malásia.  Foto: Fazry Ismail/EFE

“O objetivo é que, em um esforço global, a gente consiga fazer a nossa parte, mas também cobrar medidas urgentes dos governos e das lideranças para barrar a crise climática e reverter a queda da biodiversidade”, afirmou Cavalcanti. /COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL

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