PUBLICIDADE

‘A Sociedade da Neve’: Brasileiro pedala 1,8 mil km e chega até local do acidente de avião; veja

Decker começou o trajeto da casa de um dos sobreviventes, em Montevidéu, no Uruguai, até a Cordilheira dos Andes, na Argentina, para homenagear as vítimas da tragédia

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O brasileiro Maurício Decker pedalou, em 2022, mais de 1,8 mil km para chegar ao local do acidente de avião na Cordilheira dos Andes que matou 29 pessoas. O topo da montanha é cenário do filme A Sociedade da Neve, da Netflix, que narra a história conhecida como “Milagre dos Andes”, sobre a equipe de rúgbi que superou o frio, a fome, a sede e sobreviveu 72 dias até Roberto Canessa e Nando Parrado conseguirem ajuda. Veja acima.

PUBLICIDADE

Documentando tudo em vídeo, Decker começou o trajeto da casa de Roberto, em Montevidéu, capital do Uruguai, até a Cordilheira dos Andes, na Argentina. Para homenagear os 16 sobreviventes da tragédia, ele pedalou 1,8 km e caminhou até o local onde estão os resquícios do avião.

Roberto Canessa também apareceu na gravação publicada no YouTube elogiando Decker. “No pouco que te conheço, você é uma pessoa sensível, cuidadosa e respeitosa. É um prazer ter você em minha casa”, disse.

Decker caminhou sozinho por uma altitude de 3800 metros na cordilheira, próximo à fronteira da Argentina e do Chile. Carregando uma mochila de 15 kg, andou 60 km a pé. O ciclista realizou o trajeto após tratar uma lesão na coluna que o impediu de escalar por quatro anos. “Quatro anos de muita dor”, descreveu.

Maurício Decker refez o caminho do acidente retratado em 'A Sociedade da Neve' Foto: Reprodução/YouTube/Maurício Decker

Decker começou a treinar meses antes para fazer o percurso. No vídeo, ele mostrou a rotina de preparação física e revelou até alguns contratempos, como o roubo de sua bicicleta, recuperada seis semanas depois do crime.

“Mais que uma jornada através do continente, uma história de determinação envolvendo o projeto, estudo, planejamento, organização, disciplina, treinamento, logística, gerenciamento de crise, resolução de problemas, cumprimento de prazos e, finalmente, execução, alcançando os objetivos com segurança e sucesso”, disse ele.

O ciclista ainda encontrou uma cruz feita na montanha em homenagem aos mortos. Ele também levou uma camisa com o número 29 nas costas para relembrar as pessoas que morreram na cordilheira.

Publicidade

Relembre a história real

Em 1972, o voo 571 da Força Aérea Uruguaia foi fretado para levar um time de rúgbi amador a um jogo em Santiago, no Chile. O avião, porém, sofreu uma queda no Vale das Lágrimas, nos Andes argentinos. Dos 45 passageiros, 29 sobreviveram ao impacto.

Os sobreviventes enfrentaram frio e tomaram atitudes extremas para sobreviver, como consumir a carne dos mortos. Após 72 dias, dois deles conseguiram chegar ao Chile para pedir ajuda. Apenas 16 foram resgatados com vida no que ficou conhecido como o “milagre dos Andes”.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.