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Flavia Guerra

Zero Dollar! Quanto vale? Ou é por quilo?

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 Foto: Estadão

"Gordon Brown deveria visitar esta exposição para entender o verdadeiro valor das coisas." Assim bem pontuou Nicholas Serota, presidente da fundação Tate Gallery, que abriga, entre outras, a Tate Modern, templo da arte contemporânea às margens do rio Tâmisa.

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Serota, que detèm um dos mais importantes cargos do mercado de artes do mundo, referia-se à mostra que o brasileiro Cildo Meireles abria na segunda-feira à noite, no terraço da Tate Modern. Em tempos de crise bancária, em que, como o próprio Cildo comentou ao Estadão, "o clima está pesado em Bank District" (o setor financeiro da capital inglesa), vale sempre lembrar quanto vale um dollar. Ou é por quilo? Como mensurar o valor da arte, do dinheiro, dos países, do risco, da paz e da tranqüilidade do cidadão inglês que, excluindo o Chelsea, o Manchester e a separação de Madonna e Guy Rithchie, não tem falado em outro assunto que na 'tal da crise'.

Como? Como bem 'indicou' Serota, dando um pulinho na Tate. Para começar o passeio, um clássico: Zero Dollar. A obra, que traz notas de dóllares americanos valendo exatamente o que mostram as cédulas, ou seja, nada, ironicamente, continua mais atual do que nunca. Para terminar, "Como construir catedrais". Como? Para erguer grandes catedrais, e impérios, como mostra Cildo, na obra interativa: Com muito osso em cima. E muita moeda, e ouro, embaixo.

Cildo permanece atual, orgânico, irônico e, mais do que nunca, visceral. Capaz de falar com os grandes especialistas da Tate e, ao mesmo tempo, dizer muito aos leitores do Metro e do London Papel, os jornais do metrô, que todos os dias elegem 'uma notícia boa do dia para fazer uma vida mais sadia." Em tempos de crise mundial, notícia boa tem sido raridade. E mais, vende jornal sim!

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