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Gil diz que ?Cultura é enzima de superação de conflitos?

Ministro fala no Canadá, na abertura da 3.ª reunião interamericana de ministros

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Por Agencia Estado
Atualização:

Em Montreal para a abertura da 3.ª Reunião Interamericana de Ministros e Máximas Autoridades da Cultura, o ministro Gilberto Gil defendeu, em seu discurso, que as políticas culturais ?podem e devem impactar no trabalho digno e na redução da pobreza?. ?Se o crescimento econômico impulsiona o desenvolvimento, a produção cultural determina sua qualidade, seu alcance, sua realização humana?, defendeu Gil, que também disse que os brasileiros integram um tipo de sociedade na qual a cultura seria uma espécie de ?enzima de superação de conflitos?. Ele também anunciou que o MinC iniciou um trabalho de mapeamento do circuito de festas e feiras populares, em cada município brasileiro, para formular indicadores de gestão territorial. "Não conseguimos hoje valorar (e logo atuar de forma mais consistente) no que diz respeito à presença social e econômica dos conhecimentos tradicionais de culinária e biodiversidade ligados aos fármacos. Cito aqui o caso da capoeira, mistura de dança e luta criada no Brasil pela populações negras e que se espalharam pelo mundo e que talvez seja hoje, depois do futebol, uma das formas pelo qual o Brasil é um país admirado e buscado por turistas interessados em conhecer o povo brasileiro e seu modo de ser". Segundo o ministro, que deve decidir no seu retorno se permanece ou se sai do Ministério da Cultura, desde o advento da Guerra Fria entre americanos e soviéticos, povos de países periféricos como o brasileiro passou a ter medo e até mesmo preconceito de afirmar sua identidade cultural. ?Faço parte de uma geração que cresceu durante a Guerra Fria e aprendendo com nossos pais e mestres as idéias que revelavam as desigualdades globais e a existência de um primeiro mundo e de um terceiro mundo. De um mundo avançado e de um mundo não desenvolvido, do qual eu fazia parte. E fiz parte de uma geração que incorporou esta realidade também sob o prisma da cultura, de um povo das tecnologias elaboradas por população pobre porém altiva, o que liberou nossas forças criativas e nossa auto-estima frente aos desafios a enfrentar. E éramos sem saber, uma cultura verdadeiramente brasileira?.

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