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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

"Escolhi fechar o espaço que tinha o aluguel mais alto", diz Ivam Cabral, da Cia Os Satyros

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Por Marcela Paes
Atualização:

IVAM CABRAL - DENISE ANDRADE/ESTADÃO  

Em meio à pandemia da covid-19, Ivam Cabral se sentiu como um médico trabalhando dentro de uma UTI lotada. Com contas apertadas desde o início da quarentena, o dramaturgo teve que escolher qual dos três espaços da Cia. de Teatro Os Satyros seria sacrificado.

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"Foi como ter só um respirador e muitos pacientes precisando". O Estação Satyros existia há 15 anos na Praça Roosevelt e ao longo dos anos, se firmou como um dos mais emblemáticos teatros da cena underground paulistana.

"Escolhi fechar o espaço que tinha o aluguel mais alto. E também perdi o bar que tínhamos lá", diz. A escolha é uma tentativa de salvar o outro espaço da Cia. e o Cine Bijou - clássico cinema paulistano dos anos 1960, que seria reativado por Ivam neste mês. A reabertura da sala ficou para o ano que vem. Para Ivam, sem uma ajuda mais efetiva do governo federal, seu caso não será o único.

"Imagina a situação das salas grandes que são mais custosas e também estão perdendo patrocinadores". Ele engrossa o coro de outros artistas que pedem que a Secretaria de Cultura do governo federal, de Regina Duarte, use recursos do Fundo Nacional de Cultura para conter os estragos no setor.

A temporada online de Todos Os Sonhos do Mundo - monólogo protagonizado por Ivam que remete ao livro Demônio do Meio-Dia - Uma Anatomia da Depressão, de Andrew Solomon - tem em média 200 espectadores por sessão no Instagram. "É um prazer ver que temos um bom número de interessados. Num tempo em que os patrocinadores estão colocando suas fichas em lives de sertanejos"./MARCELA PAES

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