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"Há indícios de vida em Vênus", afirma astrobiólogo do CNPEM

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Douglas Galante. Foto: Douglas Galante

Tudo indica que pode ter vida em Vênus, mas é preciso maior incentivo para a ciência e missões espaciais. "Tem que checar in loco", explica Douglas Galante, astrobiólogo, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais.

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Estudo publicado pela Nature Astronomy revela ter sido detectada a presença de fosfina na atmosfera de Vênus. De que maneira isso é vida? 

Aqui na Terra a presença de fosfina representa atividade microbiana que vive sem O2, como pântanos e mangues por exemplo. E também que há matéria orgânica para decomposição. Portanto, por aqui, a fosfina está ligada diretamente à atividade biológica.

Isso pode ocorrer de maneira diferente em Vênus?

Pode haver, em Vênus, um fenômeno geológico desconhecido ou atividade biológica. O estudo nos convida a buscar mais informações. Digamos que encontremos uma pegada na areia da praia. Resta saber quem fez essa pegada.

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E, se houver vida mesmo, ela pode ser diferente da que nós conhecemos? 

Vênus e Terra são "planetas irmãos", têm quase a mesma distância do Sol - o tamanho é praticamente o mesmo. E a atmosfera acreditamos que é parecida.

Quais devem ser os próximos passos a serem dados? 

O que precisa ser entendido pela comunidade é que há indícios de vida em Vênus. Tem que ver in loco. É preciso dedicar tempo e missões espaciais para lá. Estão propostas duas missões da Nasa, para 2026 e 2030.  É importante ressaltar que esse trabalho é fruto da ciência desenvolvida pela portuguesa Clara Sousa Silva. Ou seja, a ciência é fundamental e pode ajudar a responder as grandes questões do universo. /MARILIA NEUSTEIN

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