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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Neta de Lima Duarte exibe curtas feitos por crianças em festival em São Paulo

Solidão, os desafios da covid-19 e as relações na escola são alguns dos temas abordados em evento liderado por Daniela Gracindo

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Por Paula Bonelli
Atualização:

O Festival Internacional Pequeno Cineasta (FIPC), criado por Daniela Gracindo, neta de Lima Duarte e filha da atriz Débora Duarte, estreia em São Paulo. A programação é composta por curtas feitos por crianças entre 8 e 17 anos, desde gêneros como ficção e documentário à animação. Pelas lentes das crianças aparecem temas como solidão, os desafios enfrentados durante a pandemia de covid-19, as relações na escola e os conflitos que passam na hora de crescer.


Daniela Gracindo Foto: Carlos Canano


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O projeto nasceu em uma oficina em 2009, quando Daniela estava fazendo o documentário ‘Paulo Gracindo, Bem Amado’, sobre o seu outro avô que também foi ator de sucesso. No estúdio de seu pai, ela resolveu montar uma turma de cinema para crianças aos sábados. A partir daí, passou a pesquisar produções infantis ao redor do mundo. Começou a descobrir trabalhos incríveis.

Agora a 10º edição do evento exibirá 80 títulos, parte deles nos dias 09 e 11 de maio, em Santo André, no ABC paulista, no Teatro Conchita de Moraes. Entre os destaques, conta Daniela, está o curta de uma adolescente ucraniana sobre o dia a dia dela: “Apesar de ser um momento dramático, o que prevalece é o olhar da criança sobre aquilo de uma forma muito mais leve. As cores que ela ainda vive mesmo nesse cenário. Então, vamos colocar esse filme na abertura”.

São 16 filmes selecionados para a mostra nacional, cinco são de São Paulo como: Adormecidas (2023), de Ana Matsuzaka (17 anos); A Magia do Balé (2023), de Rafaela Rodrigues (14 anos); O Video Game do Papai (2023), de Ana Colombo de Souza (8 anos); Um sonho Espacial (2022), feito por alunos do 2°Ano Tarde da Escola Carlitos (8 anos), por exemplo.

Questionada sobre a receptividade do público adulto em relação a assistir o festival, ela diz: “É impressionante o quanto que a gente aprende com essa galera jovem, são muitas perspectivas diferentes. É um programa para a família, educadores, para todo mundo”.

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A iniciativa é aprovada pela família. Daniela conta que sua mãe costuma dizer que ela é uma “espécie de missionária do cinema”. Lima Duarte também aplaude o projeto: “Acredito que ele tenha muito orgulho, né? Eu tive a enorme honra de ter meu avô como mestre de cerimônia de uma das nossas edições. E ele fez uma fala muito linda lá”.

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