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The Boys in The Band: primeiro espetáculo abertamente gay é remontado no Brasil

São nove atores que ficam quase o tempo inteiro em cena vivendo personagens complexos

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Foto do author Paula Bonelli

A peça teatral considerada a primeira a abordar abertamente temas relacionados à comunidade gay, The Boys in the Band - Os Garotos da Banda (1968), escrita por Matt Crowley, terá uma nova montagem no Brasil a partir do dia 31. Sob a direção de Ricardo Grasson, a peça será encenada no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo.

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A trama se desenrola na cidade de Nova York e concentra-se em um grupo de amigos gays que se reúne para celebrar o aniversário de um dos integrantes. A peça aborda questões profundas relacionadas à identidade, sexualidade, relacionamentos e autoaceitação.

No elenco estão os atores Bruno Narchi, Caio Evangelista, Caio Paduan, Heber Gutierrez, Heitor Garcia, Júlio Oliveira, Leonardo Miggiorin, Mateus Ribeiro, Tiago Barbosa e Otávio Martins. São nove personagens complexos interpretados por nove atores que ficam praticamente o tempo inteiro em cena.

O elenco da peça 'The Boys in the Band - Os Garotos da Banda' Foto: Rafael Cusato


O ator Mateus Ribeiro, que faz o personagem Michael, afirma que a peça trata de questões universais: “É um espetáculo dinâmico e com muitas camadas, que fala sobre temas comuns a qualquer pessoa, como o próprio amor e solidão. Por meio dele podemos olhar pra nós, como sociedade, e traçar paralelos de como coisas evoluíram e outras não”.

A primeira versão brasileira da obra estreou em São Paulo, no ano de 1970, no Teatro Cacilda Becker, e foi produzida pelo casal heterossexual Eva Wilma e John Herbert. Com a tradução de Millor Fernandes, a peça intitulada Os Rapazes da Banda contava com um elenco estelar, incluindo nomes como Raul Cortez, Walmor Chagas e Paulo César Pereio.

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The Boys in the Band é considerada uma obra de importância na história do teatro LGBTQIA+ e teve um impacto significativo na representação e discussão da comunidade gay. Sua estreia nos Estados Unidos, em 1968, chocou o público convencional ao abordar de forma aberta a vida cotidiana dos homossexuais.

A peça conquistou o público com 1.001 apresentações. O título da obra faz referência ao icônico filme Nasce uma Estrela (1954), estrelado por Judy Garland, uma figura emblemática para a comunidade gay nos Estados Unidos.

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