PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Música clássica... E um pouco de tudo

Opinião|Cultura Artística: a temporada do centenário

PUBLICIDADE

Foto do author João Luiz Sampaio

Os pianistas Lang Lang e Evgueni Kissin, a soprano Renée Fleming e o Ensemble Intercontenporain de Pierre Boulez são algumas das atrações que a Sociedade de Cultura Artística trará ao Brasil no próximo ano, quando completa seu centenário. Serão, ao todo, 20 concertos, realizados na Sala São Paulo, enquanto o novo teatro não fica pronto, o que deve acontecer apenas em 2014. "Montar uma programação de centenário é uma responsabilidade enorme", diz Gerald Peret, superintendente da Sociedade de Cultura Artística, onde trabalha há 32 anos, "quase um terço da nossa história", brinca. "E houve uma complicação a mais, que é o momento de crise na Europa. É comum que artistas e orquestras venham ao Brasil com uma ajuda de custo, subsídios, o que tem deixado de acontecer. Por conta disso, foi necessário nos cercar de seguranças para que os grupos anunciados pudessem mesmo vir, sem risco de cancelamentos no ano do centenário." A programação será aberta no fim de abril com a Orquestra Nacional da Rússia, regida por José Serebrier, e o pianista Nelson Freire como solista. No programa, Mozart, Glazunov, Rachmaninoff e Dvorak. Em seguida, em maio, apresenta-se a Orchestre National du Capitole de Toulouse, um dos principais conjuntos franceses, com o maestro Tugan Sokhiev, russo que está entre os mais badalados maestros da nova geração - eles vão interpretar um programa francês (Debussy, Ravel e Berlioz) e outro russo (Mussorgsky e Prokofiev). O primeiro recital solo será o do chinês Lang Lang, no fim de maio, com peças de Bach, Schubert e Chopin. O russo Evgueni Kissin, em seguida, toca Schubert, Beethoven, Brahms, Chopin. Em julho, o Ensemble Intercontemporain, símbolo de excelência da dedicação à música contemporânea, volta ao Brasil depois de quase duas décadas. Seu criador, o maestro Pierre Boulez, não acompanha o grupo que, no entanto, traz a atriz Fanny Ardant para participar do espetáculo Cassandre, de Michael Jarrell. Na sequência, duas sinfônicas - a Orchestra della Svizzera Italiana (obras de Honneger, Chopin e Schubert, regência de Alexander Vedernikov e solos de Dang Thai Son) e a Orchestra del Maggio Musicale Fiorentino (obras de Bruckner, Verdi, Ravel e Beethoven e regência de Zubin Mehta).Três recitais encerram o ano. Joyce Di Donato canta Haendel, Mozart, Rossini e Reynaldo Hahn com o pianista David Zobel; a violoncelista Sol Gabetta toca Schumann, Beethoven e Shostakovich com a pianista Mihaela Ursuleasa; e a soprano Renée Fleming interpreta canções e árias de Brad Mehldau, Strauss, Korngold, Puccini e Leoncavallo.

Opinião por João Luiz Sampaio

É jornalista e crítico musical, autor de "Ópera à Brasileira", "Antônio Meneses: Arquitetura da Emoção" e "Guiomar Novas do Brasil", entre outros livros; foi editor - assistente dos suplementos "Cultura" e "Sabático" e do "Caderno 2"

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.