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Editora de 'Harry Potter' nega acusação de plágio

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Por MIKE COLLETT-WHITE
Atualização:

A editora Bloomsbury Publishing Plc negou na segunda-feira alegações de que a escritora J.K. Rowling teria copiado "partes substanciais" de um livro de outro autor de literatura infantil quando escreveu "Harry Potter e o Cálice de Fogo". Lançado em 2000, o livro foi o quarto da tremendamente bem sucedida série sobre o menino mago Harry Potter, que já vendeu mais de 400 milhões de cópias em todo o mundo e foi transportada para o cinema numa franquia de filmes multibilionária. "As alegações de plágio feitas hoje, segunda-feira, 15 de junho de 2009, pelos herdeiros de Adrian Jacobs são infundadas, não substanciadas e inverídicas", disse um comunicado da Bloomsbury, editora dos livros "Harry Potter" na Grã-Bretanha. "A alegação é destituída de mérito e será combatida vigorosamente." Em comunicado anterior, os herdeiros de Jacobs disseram que abriram uma ação na Alta Corte de Londres contra a Bloomsbury por infração de direitos autorais. "Os herdeiros também buscam um mandado judicial contra a própria J.K. Rowling ... para determinar se a adicionarão à ação como ré", diz o comunicado. O representante dos herdeiros foi citado como sendo Paul Allen. De acordo com o comunicado, Rowling teria copiado "partes substanciais" de "The Adventures of Willy the Wizard -- No 1 Livid Land", escrito por Jacobs em 1987. Ainda segundo o comunicado, a trama de "Harry Potter e o Cálice de Fogo" copiou elementos da trama de "Willy the Wizard", incluindo um concurso de magos, e a série Potter teria copiado a ideia de magos viajando de trem. "Tanto Willy quanto Harry precisam decifrar a natureza exata da tarefa principal do concurso, coisa que ambos fazem num banheiro com a ajuda de pistas dadas por ajudantes, para descobrir como resgatar reféns humanos aprisionados por uma comunidade de criaturas fantásticas metade humanas, metade animais", diz o comunicado dos herdeiros de Jacobs. "Alega-se que todos esses conceitos foram criados primeiramente por Adrian Jacobs em 'Willy the Wizard', cerca de dez anos antes de J.K. Rowling lançar o primeiro dos romances sobre Harry Potter e 13 anos antes da publicação de 'Cálice de Fogo'". De acordo com o comunicado, Jacobs tinha procurado os serviços do agente literário Christopher Little, que mais tarde se tornou agente de Rowling. Jacobs teria morrido "sem um tostão no bolso" em 1997 num asilo para doentes terminais em Londres, segundo o comunicado. Em sua resposta, a Bloomsbury disse que Rowling "nunca tinha ouvido falar em Adrian Jacobs, nem visto, lido ou ouvido seu livro 'Willy the Wizard' até a acusação de plágio ser feita pela primeira vez, em 2004, quase sete anos após o lançamento do primeiro livro da série altamente divulgada 'Harry Potter'". "'Willy the Wizard' é um livreto muito insubstancial, de apenas 36 páginas, que teve distribuição muito limitada. O personagem central de 'Willy the Wizard' não é um jovem mago, e o livro não gira em torno de uma escola de magia." A Bloomsbury acrescentou que a acusação de plágio foi formulada pela primeira vez em 2004 por advogados agindo em nome do filho de Jacobs, que era então o representante do espólio de seu pai. "Os acusadores não puderam identificar nenhum trecho nos livros 'Harry Potter' que seria supostamente copiado de 'Willy the Wizard'".

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