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'Analgésicos' podem ter efeito colateral

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Por Redação

As ações 'analgésicas' tomadas pelo governo contra a inflação podem trazer o risco de comprometimento dos orçamentos dos governos, segundo o coordenador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Rafael Coutinho Costa e Lima . "O governo tem de honrar seus compromissos. É preciso arrecadar. Não é possível atuar só na base da desoneração", afirma o especialista.Embora economistas esperem por uma desaceleração a partir do segundo semestre na taxa do IPCA, o rompimento do teto da meta de 6,5% no ano gera desconfiança e aumenta pressões por uma elevação na taxa básica de juros, a Selic.Entre as várias medidas já tomadas para segurar os preços, o governo definiu um pacote de socorro às distribuidoras de energia para impedir um repasse imediato do acionamento das usinas térmicas para a conta de luz dos consumidores. A equipe econômica negociou também com prefeitos e governadores o adiamento de aumentos de tarifa de transporte coletivo.Agora a presidente Dilma Rousseff estuda novas formas de reduzir os custos das empresas de transporte coletivo, como a desoneração do diesel, na tentativa de evitar os reajustes. Ao mesmo tempo, o governo estuda tirar itens como a borracha sintética, usada na produção de pneus, da lista de produtos que tiveram alta de alíquota para importação.A previsão do Ibre/FGV é de que a inflação oficial estoure a meta já neste mês. "Nossa previsão é de que a taxa do IPCA de março será de 0,55%. O resultado acumulado em 12 meses até março ficaria em 6,67%", estima o economista Salomão Quadros, superintendente adjunto de inflação do Ibre/FGV. A inflação de bens e serviços monitorados pelo governo está bem abaixo da taxa do IPCA. Enquanto os itens monitorados tiveram aumento de apenas 1,54% nos 12 meses, a inflação pelo IPCA acumula alta de 6,31%./ D.A. e F.N.

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