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BNDES lança programa de R$ 1 bi para impulsionar investimento em florestas nativas

A dotação é composta por R$ 456 milhões do Fundo Clima e R$ 544 milhões de recursos próprios, pelas linhas tradicionais do banco

RIO - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta quinta-feira, 12, o “BNDES Florestas Crédito”, programa com dotação de R$ 1 bilhão para estimular investimentos privados no setor florestal de espécies nativas do País. A dotação de R$ 1 bilhão é composta por R$ 456 milhões do Fundo Clima e R$ 544 milhões de recursos próprios, pelas linhas tradicionais do banco, como o BNDES FINEM Meio Ambiente. O programa já está disponível na modalidade direta e pode ser acessado por empresas de todos os portes.

Para acessar o programa as empresas precisam atuar em alguma dessas iniciativas: manejo florestal sustentável; recomposição da cobertura vegetal; concessão de floresta; plantio de espécies nativas e sistemas agroflorestais; apoio à cadeia produtiva de produtos madeireiros e não madeireiros de espécies nativas; e aquisição de máquinas e serviços associados a essas atividades.

No caso do Fundo Clima, o BNDES cobrará taxa de 1% ao ano e mais encargos e spread Foto: André Telles/BNDES

A taxa de juros aplicada, no caso do Fundo Clima, é de 1% ao ano e mais encargos e spread (a diferença entre o preço da compra e o preço da venda de uma transação financeira), no limite de 2,5% ao ano. O prazo do financiamento é de no máximo 300 meses com 96 meses de carência, o que será negociado caso a caso. As operações terão teto de R$ 100 milhões, com participação do BNDES de até 100% dos itens financiáveis. A precificação de risco dos projetos seguirá o regulamento padrão do BNDES.

Operações anteriores

Em 2024, o BNDES já fez duas grandes operações de financiamento no setor, com as empresas re.green e Mombak, no valor somado de R$ 347 milhões, para reflorestamento de áreas em torno de 30 mil hectares, informou o banco em nota. Os dois projetos atuam em territórios com grande pressão de desmatamento e degradação na Amazônia, conhecido como Arco do Desmatamento.

Durante a COP 28, no final do ano passado, o governo brasileiro lançou uma iniciativa para transformar o Arco do Desmatamento em Arco da Restauração, por meio da recuperação de 24 milhões de hectares de floresta nativa até 2050, podendo remover cerca de 1,65 bilhão de toneladas de gás carbônico da atmosfera em 30 anos.

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