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Boliviano acusa Canhedo de "saquear" empresa aérea

Por Agencia Estado
Atualização:

O empresário boliviano do setor de comunicações Raúl Garáfulic acusou hoje o brasileiro Wagner Canhedo de ter "saqueado" a companhia de aviação Lloyd Aéreo Boliviano (LAB) nos cinco anos em que a empresa esteve sob seu controle. Garáfulic fez as acusações numa sessão de esclarecimentos ao Congresso da Bolívia devido à sua aparente atuação irregular na operação de compra e venda da metade da LAB, que esteve nas mãos de Canhedo até 2001. A companhia de Canhedo - Viação Aérea São Paulo (Vasp) - comprou 50% das ações da LAB e assumiu a administração em 1996, após um polêmico processo de privatização das empresas estatais bolivianas. De acordo com Garáfulic, Canhedo apropriou-se de US$ 24 milhões pertencentes à LAB em ações de outras empresas, dinheiro em uma conta bancária e entrega de peças de reposição da LAB à Ecuatoriana de Aviación, outra empresa então sob controle do empresário brasileiro. O atual ministro boliviano Carlos Sánchez Berzaín iniciou, no fim de 2001, quando era deputado, um processo contra Canhedo, que desde então não quis mais pisar em solo boliviano. Porém, esta é a primeira vez em que a denúncia parte de um dos novos sócios da LAB, com documentos em mãos. Garáfulic iniciou, em novembro passado, um processo contra o também empresário do setor de comunicações Eernesto Asbún, porque ele teria supostamente ficado, em cumplicidade com Canhedo, com sua parte da sociedade. Ele sustenta ter comprado por US$ 10 milhões as ações que Canhedo comprou em 1996 por US$ 47 milhões e, deste montante, cedeu 5% a Asbún, por seu trabalho como gestor do negócio. Garáfulic não conseguiu explicar claramente o motivo pelo qual utilizou Asbún para mediar a operação.

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