Brasil bate recorde com 500 mil unidades de geração de energia solar distribuída

Nome é o que se dá aos sistemas instalados em telhados, fachadas de edifícios ou pequenos terrenos, por exemplo; desse total, 73,6% estão em residências

PUBLICIDADE

Publicidade

RIO - O Brasil atingiu a marca de 500 mil unidades consumidoras de energia solar fotovoltaica distribuída (GD), que é o nome que se dá aos sistemas instalados em telhados, fachadas de edifícios ou pequenos terrenos, por exemplo. Desse total, 73,6% estão instaladas em residências, segundo o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), Rodrigo Sauaia.

Os pequenos comércios já respondem por 16,6% do total de consumidores, seguidos pelo setor rural (7%), e pela indústria (2,4%). O restante - menos de 0,5% - se refere ao consumo de prédios públicos. Para atender as 500 mil unidades já foram instalados 400 mil sistemas solares, somando investimento de R$ 23,1 bilhões.

Maior parte dos painéis solares está instaladaem residências. Foto: Daniel Teixiera/Estadão

PUBLICIDADE

"Mesmo tendo atingido meio milhão de unidades de consumo, ainda é um volume pequeno em comparação com o potencial do Brasil, significa que apenas meio por cento dos brasileiros estão fazendo uso da geração distribuída", explicou.

Sauaia dá como exemplo a Austrália, também um país continental, que tem 2,5 milhões de sistemas de geração distribuída instalados para uma população de 25 milhões de habitantes. "Um em cada cinco habitantes tem geração solar distribuída", informou. Para chegar na mesma proporção, o Brasil teria de ter 20 milhões de sistemas, calculou.

No ano passado, mesmo em meio à crise da covid-19, o segmento de geração distribuída adicionou 2 gigawatts (GW) de potência instalada ao sistema elétrico brasileiro. Para este ano, a previsão é de mais 3 GW. No acumulado desde 2012, a geração distribuída soma 4,8 GW.

"Retomamos a trajetória de antes da pandemia. Nosso maior desafio agora é o câmbio", observou Sauaia, descartando problemas com a entrega de equipamentos importados, que no ano passado chegaram a afetar o crescimento do setor. "Este ano isso foi regularizado", afirmou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.