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Caio Andrade, do Serpro, deve substituir Uebel como secretário de Guedes

De perfil liberal e envolvido na pauta digital do serviço público, o presidente do Serviço de Processamento de Dados é cotado para a Secretaria Especial de Desburocratização

Foto do author Adriana Fernandes
Por Adriana Fernandes
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente do Serviço de Processamento de Dados (Serpro), Caio Mario Paes de Andrade, deve assumir a vaga deixada pelo economista Paulo Uebel na Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia.

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Segundo apurou o Estadão, Andrade tem perfil liberal e está “100%” envolvido na pauta digital do serviço público, considerada uma “agenda disruptiva” e um passo importante da reforma administrativa e modernização dos serviços públicos.

Já a escolha do nome do substituto de Salim Mattar, na secretaria especial de Desestatização do Ministério e à frente das privatizações, está mais indefinida. O ministro da Economia, Paulo Guedes, está fazendo uma “reflexão sobre o processo em si de trabalho da secretaria para acertar na decisão”, segundo informou uma fonte da equipe econômica. 

O atual presidente do Serpro, Caio Mario Paes de Andrade. Foto: Serpro

Por enquanto, a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier, cotada para o cargo, fica onde está. A avaliação no comando do Ministério da Economia é de que o trabalho na secretaria chefiada por Salim não estava funcionando bem.

Com Salim, nenhuma estatal federal de controle direto foi privatizada ou liquidada. Pelo contrário. O governo Bolsonaro criou uma nova estatal, a NAV, responsável pela navegação aérea.

O Ministério da Economia cita como realizações na área a venda de subsidiárias por estatais-mãe, como a Petrobrás, o que é tecnicamente considerado um desinvestimento - cuja decisão e todo o processo não passam pelo governo. 

O economista Paulo Uebel não resistiu ao fracasso da reforma administrativa, que foi engavetada pelo presidente. A gota d'água foi a notícia de que Bolsonaro deixaria a sua discussão para 2021, no mesmo dia em que o Instituto Milleninum, do qual foi um dos dirigentes, iniciou a campanha “Destrava” para que a reforma voltasse à agenda ainda neste segundo semestre. 

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A proposta do Ministério da Economia previa diminuir cargos e servidores, permitir contratações temporárias, acabar com promoções automáticas por tempo de serviço - elas ocorreriam apenas por mérito - e acabar com a estabilidade, deixando-a restrita a algumas carreiras como Polícia Federal e diplomatas. Depois de apresentada pelo governo, a reforma ainda terá ser aprovada pelo Congresso.

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