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Bastidores do mundo dos negócios

Auxílio emergencial nas maquininhas atrai Safrapay e estrangeiros

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Atualização:
Stone questionou pedido da Elo de depósito de R$ 25 milhões em garantia Foto: Gabriela Biló/Estadão

O projeto para viabilizar o acesso aos recursos do auxílio emergencial de R$ 600 nas maquininhas de cartão atraiu concorrentes menores, locais e até estrangeiros. O interesse tem acontecido mesmo que as receitas dessas empresas nessas transações tenham sido limitadas em até 1,20% pelo Banco Central. A SafraPay, do banco Safra, é uma das que devem passar a permitir que suas maquininhas aceitem o auxílio emergencial em pagamentos. A lista conta ainda com nomes como o da norte-americana FirstData, que tem parceria com o Bancoob e o Sicredi no Brasil, Stone e PagSeguro, do Uol. E não para por aí. Além delas, a também norte-americana Global Payments e a pernambucana Acqio avaliam a possibilidade de aderir ao projeto.

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Sob o comando da bandeira de cartões Elo, a iniciativa entrou em vigor na sexta-feira, 29, com apenas os grandes nomes do setor das maquininhas na operação. Cielo, de Bradesco e Banco do Brasil, e Getnet, do Santander, foram os primeiros. Na próxima segunda-feira, as maquininhas da Rede, do Itaú Unibanco, também já estarão aptas a aceitar pagamentos com auxílio emergencial.

Safrapay deverá aceitar auxílio em 200 mil terminais

Outra que também deve começar na semana que vem é a SafraPay. Em um primeiro momento, a marca permitiria apenas transações online. O banco deve, contudo, habilitar todo o seu parque de maquininhas para aceitar o auxílio emergencial. O mercado estima a base em 200 mil terminais.

Por trás do interesse das adquirentes, está o potencial a ser transacionado nas maquininhas com os recursos do auxílio emergencial. Hoje, o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo pode autorizar ao menos mais duas parcelas do benefício.

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Transações devem compensar perda de R$ 20 bi do setor

O volume financeiro que virá a reboque do auxílio emergencial pode ajudar as empresas de maquininhas a compensar parte perdida com a pandemia. Somente em março, o setor deixou de capturar mais de R$ 20 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Nem mesmo a limitação da taxa cobrada aos lojistas (MDR, na sigla em inglês), de até 1,20%, diminuiu o apetite das adquirentes. O teto, porém, gerou bochicho no mercado, já que o consumidor não será beneficiado. Geralmente, a média em transações de débito gira em torno de 2%.

A Cielo bateu a marca de 300 mil transações com QR Code, os quadradinhos, por conta do uso do auxílio emergencial para o pagamento de compras em estabelecimentos físicos. O recorde foi atingido no dia seguinte ao lançamento do projeto, no sábado, dia 30 de maio. Foram 77 mil transações.

Notícia publicada no Broadcast no dia 03/06/2020, às 16:22

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