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Bastidores do mundo dos negócios

Capitalização estudada pelo Magalu precisa da família Trajano para sair

Rede varejista revelou esta semana inesperado ajuste contábil

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Empresa diz que tem R$ 8,1 bi em caixa e não discute aumento de capital no momento Foto: Fabio Salles / Casa.da.Photo - stock.adobe.com

Com um vencimento de R$ 2 bilhões em notas promissórias em abril do ano que vem e a revelação de inesperado ajuste contábil, a família Trajano, dona do Magazine Luiza vive o dilema sobre como estruturar a capitalização de uma das maiores redes de varejo do Brasil, que vem sendo discutida desde janeiro. Os sócios ainda não bateram o martelo sobre se a operação será feita via Bolsa ou por meio de uma oferta privada de ações.

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Mas nos dois casos, os bancos têm recomendado à família Trajano, dona de metade da rede de varejo, que participe de forma ativa do aporte de capital, estimado em ao menos R$ 2 bilhões. O erro contábil de mais de R$ 800 milhões divulgado esta semana aumenta a pressão para a presença da família na oferta.

“A família vai precisar ancorar fortemente para viabilizar essa operação”, comenta um banqueiro. No mercado há dúvidas, no entanto, sobre a capacidade financeira para isso. “Um bilhão não é fácil de encontrar”, afirmou outro banqueiro.

Oferta pode ocorrer por via privada, a um grupo de investidores

Fontes dizem que o mais provável é que a oferta seja feita por via privada – para um grupo de investidores – com o que evitaria exposição da empresa e uma maior sangria nas ações, que já perderam mais de 50% de valor em um ano.

Os bancos têm encorajado também o Magazine Luiza a fazer já a capitalização, vista como essencial para estabilizar seu passivo. A rede está quase no limite para tomar crédito, por isso a necessidade da injeção de capital. O endividamento total da companhia é de R$ 7,4 bilhões, conforme balanço do terceiro trimestre, 41% com vencimento no curto prazo.

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Em teleconferência de resultado nesta terça-feira, 14, o diretor financeiro do Magazine Luiza, Roberto Bellissimo, afirmou que o grupo tem caixa suficiente – de R$ 8,1 bilhões – para honrar os compromissos de curto prazo e que não existe a discussão neste momento de um aumento de capital.

As ações do Magazine Luiza têm tido comportamento bem volátil nos últimos dias, em meio aos rumores de capitalização da empresa. Na semana passada, circulou nas mesas de operação que a varejista faria uma oferta de ações na casa dos R$ 4 bilhões, desmentida pela empresa. Segundo uma fonte, não faz sentido fazer uma oferta desse tamanho, equivalente a 30% do valor de mercado da companhia.


Este texto foi publicado no Broadcast no dia 14/11/23, às 17h43

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