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Bastidores do mundo dos negócios

Ofertas de ações de empresas já listadas ganham tração e podem somar mais R$ 5 bi

Operações de follow-on realizadas até agora em 2024 levantaram R$ 4,5 bilhões

Foto do author Altamiro Silva Junior
Foto do author Cynthia Decloedt
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast) e Cynthia Decloedt (Broadcast)
Abertura de capital da Boa Safra em 2021: empresa é uma das que podem realizar ofertas subsequentes este ano Foto: Cauê Diniz

As ofertas de ações de empresas brasileiras já listadas ganharam tração e devem acelerar ainda neste semestre. Companhias como Lojas Marisa, Boa Safra, Caixa Seguridade e Banco da Amazônia avaliam operações do gênero e podem levantar mais de R$ 5 bilhões nos próximos meses.

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Nos bancos de investimento, os executivos relatam que há estudo de outras ofertas subsequentes (follow-ons) que ainda não vieram a público. Por isso, o número pode crescer rapidamente.

Há ainda captações já conhecidas e que podem vir ao mercado em breve, como a do Banco de Brasília (BRB), ao redor de R$ 2 bilhões, um “re-IPO”, como são chamadas ofertas de ações de empresas já listadas, mas sem liquidez e que querem melhorar o giro dos papéis.

Follow-on da Sabesp promete ser o maior do ano

O maior follow-on do ano será a privatização da Sabesp, que pode chegar a R$ 20 bilhões e é aguardada para junho. Já a Caixa Seguridade avalia uma oferta que poderia chegar a R$ 3 bilhões, como a Coluna antecipou. No setor financeiro, o Banco da Amazônia pretende levantar R$ 2 bilhões. No dia 26 de abril, o banco faz assembleia para discutir o tema.

A Serena Energia (ex-Omega) concluiu na semana passada o follow-on que permitirá a saída parcial da gestora Tarpon. A oferta movimentou R$ 775 milhões. Com isso, o fundo da Tarpon reduziu sua participação na Serena de 31% para 18%. Somadas, as operações já feitas em 2024, incluindo Serena, GPA, Vulcabrás e Energisa levantaram R$ 4,5 bilhões até agora.

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O follow-on do Grupo Pão de Açúcar (GPA) captou R$ 700 milhões. A operação enfrentou desafios, segundo fontes, já que a ideia inicial era captar R$ 1 bilhão em janeiro, mas a volatilidade dos papéis e o fato de não haver pressa acabou levando a oferta para março e sem a colocação de todo o lote extra.

Em alguns casos, controladores devem fazer aportes

Outra oferta em estudo é a da Lojas Marisa. Essa operação (R$ 200 milhões) pode se transformar em aumento de capital privado, como fez o Magazine Luiza no mês passado, que capitalizou a empresa em R$ 1,2 bilhão, com dinheiro da família Trajano e do BTG Pactual.

Na Boa Safra, uma das maiores produtoras de sementes de soja do Brasil, assim como na Marisa, os controladores Marino Stefani Colpo, Camila Stefani Colpo Koch e a gestora HIX Investimentos se comprometeram a comprar ações. Nesse caso, a promessa é de adquirir até R$ 120 milhões, em uma oferta esperada para ser de ao menos R$ 200 milhões.


Este texto foi publicado no Broadcast no dia 01/04/24, às 17h38

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