A Oi já recebeu sete propostas não vinculantes de aquisição do seu negócio de fibra ótica, a Oi Fibra, apurou a Coluna com fontes envolvidas nas negociações. As ofertas partiram, principalmente, de provedores regionais de banda larga, entre os quais Alares, Eb Fibra, Ligga e Vero. Há ainda uma proposta originada de um novo entrante.
Por sua vez, TIM, Vivo, Claro e Algar ainda não encaminharam propostas, mas estão engajadas na avaliação do ativo e devem apresentar algo em breve. “A Oi já tem sete propostas. Algumas são bem atraentes. E devem chegar mais”, conta uma das fontes. “Tem outros players do setor, alguns bem grandes, ainda negociando para formalizar uma proposta”, comenta outra fonte.
A Oi tem 4,8 milhões de clientes de banda larga (por redes de fibra e cobre), o que faz dela a terceira maior empresa do ramo no País, atrás somente de Vivo (6,7 milhões) e Claro (9,9 milhões). A venda do ativo é uma das iniciativas do novo plano de recuperação judicial da Oi. O processo foi colocado em curso no fim do ano passado com a contratação dos bancos Citi e BTG Pactual para a sondagem de interessados. A companhia espera obter ao menos R$ 7,3 bilhões com a transação, de acordo com o seu plano de recuperação.
Procuradas, as empresas e os bancos não fizeram comentários.
Dividir a empresa em partes é um dos caminhos
A maioria das propostas que chegaram até o momento diz respeito à aquisição de apenas um pedaço da Oi Fibra. As ofertas, porém, são independentes, sem união dos proponentes em um consórcio. Um dos caminhos para viabilizar a venda é justamente dividir a Oi Fibra em partes, o que ajudaria a distribuir os clientes conforme a área de atuação dos futuros compradores, além de tornar o preço de compra mais acessível. Por enquanto, o modelo da venda está aberto, e isso pode mudar. “Tem propostas até agora pelo todo e para blocos específicos”, comenta um interlocutor.
Nesta fase do processo, a Oi está recebendo as primeiras propostas não vinculantes e, numa segunda fase, prevista para o final de março ou começo de abril, avançará para as propostas vinculantes dos interessados mais bem qualificados. A venda deve ser firmada ainda este ano, via processo competitivo, e efetivamente concluída ano quem vem, após a aprovação dos órgãos reguladores.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 23/02/24, às 17h51
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