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Essere Group quer ganhar mercados com fertilizantes especiais

Empresa de insumos agrícolas quer repetir em 2023 o crescimento de dois dígitos dos últimos anos, a despeito dos preços mais baixos dos produtos

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O Essere Group, de insumos agrícolas, quer repetir em 2023 o crescimento de dois dígitos dos últimos anos, a despeito dos preços mais baixos dos produtos. Boa parte do resultado esperado virá da Kimberlit Agrociências, de fertilizantes especiais. “A adoção, pelo produtor, de bioestimulantes e nutrição especializada tem aumentado porque o rendimento obtido supera o investimento”, conta Luiz Fernando Schmitt, diretor de Marketing e Novos Negócios. A divisão deve faturar cerca de R$ 355 milhões, 35% mais que em 2022, e abocanhar 60% das vendas da holding. Para atender à demanda crescente, a companhia reforça a atuação no Vale do Araguaia (MT), Rondônia, Rio Grande do Sul, Triângulo Mineiro e oeste da Bahia.

Demanda por insumos em alta

A holding nacional controla ainda a Bionat Agro, de defensivos biológicos; a Loyder, de adubos aditivados, e a Floema Logística. O grupo projeta alta de 15% a 25% na receita, entre R$ 550 milhões e R$ 600 milhões neste ano e de R$ 780 milhões em 2024.

IPO segue no horizonte

Mesmo adiando de 2024 para 2025 a meta do primeiro bilhão de reais de faturamento, o Essere Group mantém o plano de abertura de capital (IPO). Segundo Schmitt, a estratégia de negociar em bolsa de 20% a 25% da empresa segue no radar. “Vemos horizonte de crescimento firme até 2029. IPO será consequência disso”, diz Schmitt.

Essere Group mantém o plano de abertura de capital Foto: Divulgação/Essere Group

Leque

A Corteva, companhia americana de defensivos, quer diversificar as fontes que usa para financiar revendas e produtores. Hoje, financia 60% de suas vendas, em grande parte com capital próprio, diz Marisa Marques, diretora financeira. Há plano de captar até o 2.º trimestre de 2024, por um novo Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (Fidc), montante similar ao do primeiro Fidc da empresa, de US$ 400 milhões. Emitir um Certificado de Recebíveis do Agronegócio também é avaliado.

Próprio

A Supercampo, agtech formada por 12 cooperativas para estruturar e-commerce e marketplaces de insumos, criou um sistema específico para o modelo cooperativista. O C2F tem em sua base de dados o cadastro de produtor dos cooperados, o que permite calcular na hora da compra benefícios fiscais aplicados ao agricultor, à fazenda e à atividade agrícola. A medida deve impulsionar os negócios: neste ano, a Supercampo deve movimentar até R$ 500 milhões. Em 2024, deverá ser o dobro, diz Leandro Carvalho, o CEO.

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Cresce

A Supercampo nasceu para digitalizar processos, mas foi além. Cada cooperativa tem seu e-commerce, pelo qual os cooperados fazem pedidos de insumos para retirar na loja mais próxima. O marketplace reúne os e-commerces das 12 sócias, além de revendas e empresas, o que amplia a oferta para 100 mil itens. Carvalho cita outros benefícios, como compras coletivas por preços mais baixos e frete menor pela proximidade das unidades. “As cooperativas têm 300 lojas, são 300 centros de distribuição”, diz.

Dieta reforçada

A Agronutri, que produz ração de alto desempenho para suínos, inaugura no dia 19 parque industrial em Quatro Barras (PR), após aporte de R$ 15 milhões. Fábio Ebrahim, diretor da companhia, conta que serão fabricados mais de cem tipos de produtos, formulados pelo grupo espanhol Farm Faes. O objetivo é oferecer manejo das granjas “sem o uso de antibióticos ou fármacos tradicionalmente empregados”. A capacidade será de 35 mil toneladas por ano.

Olho no clima

A parceria anunciada na última semana pela Good Karma Partners com a australiana Rumin8, que desenvolveu um suplemento redutor de emissões de metano do gado, não deve ser o último investimento da empresa em 2023. “Vamos anunciar mais coisas, principalmente em clima e saúde”, conta Raphael Falcioni, sócio da GK. A gestora tem entre seus conselheiros Pedro Fernandes, diretor de Agronegócio do Itaú BBA e Marcos Jank, do Insper.

Camil espera preços ainda altos para o arroz em 2024

A expectativa de maior produção de arroz na safra 2023/24 deve trazer pouco alívio aos preços do cereal, avalia a Camil Alimentos. Para a líder do mercado nacional, os valores do alimento vão se manter em níveis elevados, refletindo as cotações internacionais do produto, segundo Flávio Vargas, diretor Financeiro e de Relações com Investidores.

Agro monitora impactos do conflito no Oriente Médio

O confronto entre Israel e o grupo palestino Hamas não deve comprometer o comércio entre Brasil e Israel, mas tende a se refletir no agro pelo maior custo da energia, diz Cesar de Castro Alves, gerente da Consultoria Agro do Itaú BBA. A alta do petróleo afeta o custo de produção de fertilizantes e diesel, explica./ISADORA DUARTE, CLARICE COUTO e TÂNIA RABELLO

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